O presidente da Tunísia, Béji Caïd Essebsi, declarou estado de emergência no país e toque de recolher na região metropolitana de Túnis depois de um atentado a um ônibus militar nesta terça-feira. A explosão do veículo, que transportava membros da guarda presidencial na capital tunisiana, deixou pelo menos 12 mortos e 16 feridos.
"Em vista desse acontecimento doloroso, dessa grande tragédia (...), eu proclamo estado de urgência por 30 dias, nos termos da lei, e toque de recolher na região metropolitana de Túnis, a partir das 21h (horário local) e até as 5h (horário local)", declarou o chefe de Estado em um breve pronunciamento em rede nacional.
O presidente francês, François Hollande, condenou "nos mais duros termos" o "covarde" atentado, de acordo com nota divulgada pelo Palácio do Eliseu. "Em Túnis, assim como em Paris, é o mesmo combate para a democracia contra o obscurantismo", ressaltou Hollande, em comunicado.
"Por que atacam a Tunísia? Porque é um exemplo, é uma Primaverá Árabe bem-sucedida, graças à juventude e ao povo tunisiano. É o contra-exemplo que alguns querem abater, então, é preciso apoiar essa democracia que enfrenta com muita coragem inúmeros desafios e, principalmente, o desafio terrorista", disse o primeiro-ministro francês, Manuel Valls, à emissora Canal+.
O ônibus ficou quase todo carbonizado. "A maioria dos agentes que estavam no ônibus está morta", informou uma fonte de segurança.
Ainda não se sabe a motivação do ataque. A Tunísia foi alvo de vários atentados ao longo deste ano, entre eles dois sangrentos ataques contra o Museu do Bardo, em Túnis, em março passado, e contra um hotel perto de Sousse, no final de junho. Neste último, morreram pelo menos 60 pessoas.
(Com agência France-Presse)
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