Cornell, de 22 anos, pretendia atacar o Capitólio, sede do Congresso, durante o discurso sobre o Estado da União que o presidente Barack Obama fez em 20 de janeiro de 2015, segundo o Departamento de Justiça. A informação foi divulgada hoje em uma audiência no Tribunal de Distrito de Cincinnati.
Ele se declarou culpado de tentativa de assassinato de funcionários dos EUA, oferecimento de apoio material a uma organização terrorista e uma terceira acusação relacionada com posse de armas de fogo. A procuradoria retirou a quarta acusação, de requerimento para cometer um crime violento.
A juíza do caso, Sandra Beckwitch, anunciou uma audiência para o próximo dia 31 de outubro, na qual deve ditar a sentença.
O FBI deteve Cornell em 14 de janeiro de 2015 no estacionamento de uma loja de venda de armas perto de Cincinnati, onde, segundo as autoridades, o acusado tinha comprado dois fuzis de assalto M-15 e munição.
Segundo documentos judiciais, Cornell tinha expressado seu respaldo à jihad (guerra santa) de maneira violenta em uma conta do Twitter sob o pseudônimo “Raheel Mahrus Ubaydah”, um nome muçulmano com o qual se identificou durante um período. Ele também teria publicou declarações, vídeos e outros conteúdos de apoio ao EI.
No ano passado, o acusado ligou para a emissora de televisão WXIX-TV, em Cincinnati, de dentro da cadeia em Kentucky onde estava preso.
Perguntado por seus planos caso não tivesse sido detido, Conrnell respondeu: “Teria colocado (uma arma) na cabeça de Obama, teria apertado o gatilho. Então teria disparado mais balas contra membros do Senado e a Câmara dos Representantes”. “E teria atacado a Embaixada israelense e outros edifícios”, acrescentou o réu.
Cornell, que se identificou como muçulmano, afirmou que queria atacar o Congresso pela “contínua agressão americana contra nosso povo e pelo fato de que os EUA, especificamente o presidente Obama, querem travar uma guerra contra o EI”. O jovem assegurou que o apoio ao Estado Islâmico é amplo no país americano: “Estamos em Ohio. Estamos em cada estado. Estamos mais organizados do que o senhor pensa”, acrescentou na entrevista à emissora.
(Com EFE)
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