Com 34% das intenções de voto segundo o Ibope, Amaro, de 40 anos, entrou na disputa com alto índice de conhecimento dos eleitores. Seu programa de TV na Rede Record, o Balanço Geral , tem média de 21 pontos de audiência. No comando do noticiário policialesco, o apresentador rebola, dança, canta, grita e faz piadas para manter a atenção do telespectador. No papel de candidato a prefeito, preferiu encarnar um personagem mais sério, dizendo ser o único com independência para resolver o que os políticos não conseguem. Com menos de dois anos na vida pública — elegeu-se deputado estadual em 2014 –, Amaro não coleciona o melhor dos currículos: dos 35 projetos de lei que apresentou, só teve aprovado o que cria o dia do marlim, peixe eleito símbolo do Espírito Santo.
Principal rival do apresentador, Luciano Rezende está no fim de seu primeiro mandato e conta com o apoio do ex-governador Renato Casagrande (PSB), além da força da máquina pública. O prefeito aparece nas pesquisas com 31% das intenções de voto. Um de seus principais trunfos é ter colocado a cidade no topo da lista de capitais mais transparentes do país, segundo o Instituto Ethos. Com 54 anos, Rezende é médico, foi secretário de Saúde, de Educação e de Esporte e Lazer, além de vereador por quatro mandatos. Este ano, acabou enfrentando o desgaste de estar envolvido na operação Lava-Jato. Seu nome apareceu em uma planilha que indicava pagamentos irregulares para a campanha de 2012. Casagrande, seu principal cabo eleitoral, também aparece na lista.
A preferência do eleitor pelos dois candidatos aponta o desgaste que partidos de expressão nacional enfrentam na cidade. Candidato do governador Paulo Hartung (PMDB), o peemedebista Lelo Coimbra tem apresentado dificuldades para competir com os dois primeiros colocados. Com 14% na pesquisa, Coimbra é um exemplo de que nem mesmo o governador foi capaz de lhe cacifar na disputa. Pior desempenho que Coimbra tem candidato do PT, Perly Cipriano, que durante os 45 dias de campanha passou longe de chegar a dois dígitos nas pesquisas. O petista tem 4% das intenções de voto, influenciado pela forte rejeição do eleitor à prefeitura petista entre 2004 e 2012. Também não ajudam o PT em Vitória o mau humor provocado pela crise econômica e as denúncias de corrupção na Petrobras.
Por Luisa Bustamante/Veja
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