Na palestra que deu a empresários, Meirelles voltou a defender o ajuste fiscal como o elemento mais importante da agenda econômica, por ser papel do estado garantir a estabilidade macroeconômica. Mas o ministro frisou a necessidade de aprovação das medidas de limite de gastos, como a PEC que estabelece teto para o gasto público federal. “A situação está melhorando porque existe uma expectativa de que as medidas serão aprovadas. Só que elas precisam ser aprovadas”, disse.
Na visão do governo, o desequilíbrio fiscal causado pelo aumento do gasto público foi a razão de uma crise de confiança que, depois, causou desaceleração na economia. Segundo Meirelles, a PEC do teto do gasto será apresentada na comissão especial da Câmara na próxima quinta-feira. “É importante que seja aprovada neste ano, por causa das expectativas”. A Fazenda retoma a discussão com deputados nesta segunda-feira, esperando que a base da proposta seja mantida.
O ministro também defendeu a reforma em outras frentes, como a da previdência e a tributária. “O mais importante que discutir a idade, é garantir que todos vão receber a aposentadoria”. Em relação às receitas do governo, o ministro disse que as os incentivos fiscais devem ser revistos, porque foram ineficazes em razão do país estar em crise, e que o governo não considera medidas que possam significar redução de ingressos, apesar de estar aberto a analisar tecnicamente pedidos feitos por setores produtivos.
Em relação à reforma trabalhista, Meirelles confirmou a sinalização feita hoje pela manhã pelo presidente Michel Temer, que considerou que é provável que essa discussão seja adiada em razão de decisões da Justiça que ajudam a flexibilizar as relações de trabalho. Sobre as recomendações do Fundo Monetário Internacional feitas em relatório nesta semana, o ministro da Fazenda diz que, apesar de genérica, considera que estão “em linha” com a visão e as medidas adotadas pela equipe econômica.
Por Felipe Machado/Veja
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