RIO DE JANEIRO/RJ
Marcos Vinícius da Silva Alves, de 34 anos, foi preso por policiais da Divisão de Homicídios
(DH) na madrugada desta terça-feira. Acusado de matar a filha Marina
Luz Barbosa Alves, de 5, ele foi localizado no Hospital psiquiátrico
Philippe Pinel, na Praia Vermelha, Zona Sul do Rio, onde está internado.
O suspeito teve a prisão temporária decretada pela Justiça.
- As
equipes foram para o local (do crime) e evidenciaram que o pai havia
matado a filha. Testemunhas foram ouvidas, tivemos acesso a troca de
mensagens dele com amigos. Tudo indicava uma divergência, uma raiva da
ex, que é a mãe da filha - disse o delegado.
Ele não quis detalhar
o tipo de mensagem, para preservar a intimidade da família. O EXTRA
apurou que as mensagens foram direcionadas à mãe da menina e a um padre.
Para a ex, Marcos escreveu: "Você dizia quando ela nasceu que nunca
mais ficaria sozinha na vida. Estava errada".
- A troca de
mensagens a que tivemos acesso indica que ele tenha feito isso (cometido
o crime) como forma de vingança, com raiva da ex dele, que é a mãe da
criança - disse Fábio Cardoso.
O delegado informou ainda que o
suspeito passará por um exame de sanidade mental para saber se realmente
sofre de distúrbios e se pode ser responsabilizado pelo crime. Marcos
permanecerá preso sob custódia. O depoimento dele será colhido assim que
os médicos derem autorização.
Discussão
O
motivo da raiva de Marcos contra a ex seria uma queixa que ela fez
contra ele depois de uma briga, em 2012. Na época, ela contou na 19ª DP
(Tijuca) que havia sido ameaçada e que o então marido ateara fogo ao
quarto dos dois. Na semana passada, o pai de Marcos recebeu uma
intimação para depor sobre esse desentendimento. O suspeito terai ficado
muito nervoso, apesar de manter a medicação que tomava.
Morte com sinais de asfixia
A
garota foi encontrada morta em casa, na Tijuca, Zona Norte da capital. O
corpo estava na cama, com sinais de asfixia. Na ocasião, a mãe da
vítima contou que Marcos havia tido um surto porque estava desempregado.
Marina
Luz foi enterrada nesta segunda-feira, no Cemitério Jardim da Saudade,
em Sulacap, na Zona Oeste do Rio. Durante o sepultamento, apenas uma
prima do pai falou com a imprensa.
— Era um pai amoroso, presente,
nunca era violento. Ao contrário: brigava com quem brigava com ela,
chegava a mimar. O que posso falar é isso — contou.
Mensagens reforçam suspeira
O
delegado Fábio Cardoso, titular da DH, afirmou que mensagens de
WhatsApp enviadas por Marcos ajudaram a reforçar as suspeitas sobre ele.
Os recados foram enviados a parentes e amigos após a morte da garota. O
delegado, no entanto, não quis revelar o teor das conversas.
O
delegado disse ainda que não há nenhuma informação de que os pais da
menina morta estavam tentando uma reconciliação. Eles estão separados há
quatro anos. A polícia, no entanto, tem informações de que teria havido
alguns desentendimentos entre eles recentemente.
Os exames
complementares da perícia ainda estão sendo realizados para apontar
causa e horário da morte, mas já está descartada a possibilidade de
crime sexual.
Nenhum comentário:
Postar um comentário