Diante das cerca de 10 mil pessoas que lotaram a basílica para a celebração natalina, Francisco lembrou que hoje a Igreja celebra o nascimento de Jesus, que escolheu nascer em um local humilde, e convidou os fiéis a viver o Natal de forma singela.
“Ouçam as crianças que, hoje, não estão em um berço nem são acariciadas pelo afeto de uma mãe ou de um pai, mas jazem em locais onde têm sua dignidade devorada: nos refúgios subterrâneos para escapar dos bombardeios, sobre as calçadas de uma grande cidade, no fundo de uma barca repleta de imigrantes”, disse o pontífice. “Deixemo-nos interpelar pelas crianças que não são permitidas nascer, pelas que choram porque ninguém sacia sua fome, pelas que não têm brinquedos em suas mãos, mas sim armas”, completou o papa.
Em 2016, mais de 5 mil pessoas morreram tentando cruzar o Mediterrâneo para chegar à Europa.
Francisco disse que o mistério do Natal é, por um lado, luz e alegria, mas por outro é uma mescla de “esperança e tristeza”. “O Natal leva consigo um sabor de tristeza, porque o amor não foi amparado e a vida é descartada. José e Maria colocaram Jesus em um presépio porque encontraram as portas fechadas”, afirmou. Francisco, porém, destacou que a data tem sobretudo um “sabor de esperança”. “Apesar de nossas trevas, a luz de Deus sempre resplandece”, disse o pontífice.
No domingo, Francisco pronunciará sua tradicional mensagem de Natal urbi et orbi.
(Ricardo Helcias/Com agências EFE e AFP)
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