PARALISAÇÃO
Trabalhadores protestam em frente ao Banco do Brasil da Avenida Rio Branco, Cidade Alta
Trabalhadores em vigilância do Rio Grande do Norte iniciaram na manhã
desta segunda-feira, 26, uma greve por tempo indeterminado. Por causa
da paralisação, agências bancárias suspenderam o atendimento ao público e
o Hospital Monsenhor Walfredo Gurgel, em Natal, proibiu visitas a
pacientes internados em enfermarias.
Os vigilantes, que fizeram
uma parada de advertência no último dia 7, cobram das empresas um
reajuste salarial de 13,9% e o cumprimento de um acordo coletivo firmado
no ano passado.
Segundo o coordenador geral do Sindicato
Intermunicipal dos Vigilantes (Sindsegur), Pablo Henrique de Lima, as
empresa de seguro no Rio Grande do Norte estão adotando as novas
regulamentações criadas com a reforma trabalhista em detrimento do
acordo coletivo firmado com a categoria em 2017. “Querem passar por cima
do acordo. Apesar de a nova legislação estar em vigor, o que foi
acordado vale mais que o legislado”, avalia.
Nesta terça-feira,
27, os profissionais da segurança privada farão uma nova manifestação na
Avenida Rio Branco, na Cidade Alta, no trecho em frente a uma agência
do Banco do Brasil. O local foi palco dos protestos ocorridos durante a
manhã desta segunda-feira, 26.
Até às 11h30 da manhã desta
segunda-feira, o atendimento nos bancos continuava suspenso em Natal.
Apenas os caixas eletrônicos das agências funcionavam.
Além das
agências bancárias, instituições públicas também registraram a ausência
dos guardas patrimoniais. O Hospital Monsenhor Walfredo Gurgel já
suspendeu as visitas para pacientes internados em enfermarias. Somente
30% dos profissionais estavam trabalhando nesta segunda-feira, 26. Para
pacientes internados em Unidades de Tratamento Intensivo (UTIs), as
visitas permanecem liberadas.
A situação também afetou a enfermaria do Hospital Dr. José Pedro Bezerra, o hospital Santa Catarina, na zona Norte de Natal.
O Sindicato das Empresas de Segurança Privada do RN (Sindesp) disse,
em nota, que “está à disposição para negociar dentro das regras que
regem a nova legislação trabalhista” e que as mudanças não vão
interferir na remuneração atual dos vigilantes. O sindicato patronal
afirmou também que o salário da categoria no estado é o maior do
Nordeste: R$ 1.684,77.
O Sindesp considera ainda que a greve é
abusiva, já que uma liminar determina que apenas 30% dos trabalhadores
participem do movimento paredista. Os vigilantes, que mantém a greve,
afirmam que a continuidade da paralisação será avaliada diariamente.
(AgoraRN)
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