terça-feira, 27 de fevereiro de 2018

Com greve dos vigilantes, bancos fecham e visitas no Walfredo são suspensas. Vigilantes, que fizeram uma parada de advertência no último dia 7, cobram das empresas um reajuste salarial de 13,9% e o cumprimento de um acordo coletivo firmado no ano passado

PARALISAÇÃO
 Paralisação
 Trabalhadores protestam em frente ao Banco do Brasil da Avenida Rio Branco, Cidade Alta

Trabalhadores em vigilância do Rio Grande do Norte iniciaram na manhã desta segunda-feira, 26, uma greve por tempo indeterminado. Por causa da paralisação, agências bancárias suspenderam o atendimento ao público e o Hospital Monsenhor Walfredo Gurgel, em Natal, proibiu visitas a pacientes internados em enfermarias.

Os vigilantes, que fizeram uma parada de advertência no último dia 7, cobram das empresas um reajuste salarial de 13,9% e o cumprimento de um acordo coletivo firmado no ano passado.

Segundo o coordenador geral do  Sindicato Intermunicipal dos Vigilantes (Sindsegur), Pablo Henrique de Lima, as empresa de seguro no Rio Grande do Norte estão adotando as novas regulamentações criadas com a reforma trabalhista em detrimento do acordo coletivo firmado com a categoria em 2017. “Querem passar por cima do acordo. Apesar de a nova legislação estar em vigor, o que foi acordado vale mais que o legislado”, avalia.

Nesta terça-feira, 27, os profissionais da segurança privada farão uma nova manifestação na Avenida Rio Branco, na Cidade Alta, no trecho em frente a uma agência do Banco do Brasil. O local foi palco dos protestos ocorridos durante a manhã desta segunda-feira, 26.

Até às 11h30 da manhã desta segunda-feira, o atendimento nos bancos continuava suspenso em Natal. Apenas os caixas eletrônicos das agências funcionavam.

Além das agências bancárias, instituições públicas também registraram a ausência dos guardas patrimoniais. O Hospital Monsenhor Walfredo Gurgel já suspendeu as visitas para pacientes internados em enfermarias. Somente 30% dos profissionais estavam trabalhando nesta segunda-feira, 26. Para pacientes internados em Unidades de Tratamento Intensivo (UTIs), as visitas permanecem liberadas.

A situação também afetou a enfermaria do Hospital Dr. José Pedro Bezerra, o hospital Santa Catarina, na zona Norte de Natal.

 Avenida Rio Branca fechada por vigilantes

O Sindicato das Empresas de Segurança Privada do RN (Sindesp) disse, em nota, que “está à disposição para negociar dentro das regras que regem a nova legislação trabalhista” e que as mudanças não vão interferir na remuneração atual dos vigilantes. O sindicato patronal afirmou também que o salário da categoria no estado é o maior do Nordeste: R$ 1.684,77.

O Sindesp considera ainda que a greve é abusiva, já que uma liminar determina que apenas 30% dos trabalhadores participem do movimento paredista. Os vigilantes, que mantém a greve, afirmam que a continuidade da paralisação será avaliada diariamente.

(AgoraRN)

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