Com apenas 23 anos, a jovem de São José do Rio Preto, Marcelle Mancuso, perdeu os movimentos do corpo por conta de um exercício feito na academia. Em 2016, ela realizou um abdominal invertido e fraturou a coluna ao cair durante a execução do movimento.
“Era apenas um dia normal de treino e
fui fazer o abdominal invertido, de cabeça para baixo. Eu estava presa
ao equipamento com uma tira que quebrou e o treinador não conseguiu me
segurar”, relembra.
Segundo Marcelle, o diagnóstico dos
médicos foi de tetraplegia e eles não tinham certeza se ela voltaria a
andar novamente um dia. Marcelle quebrou a quinta vértebra, desalinhou a
quarta e a sexta e teve compressão medular. Ela ficou internada durante
13 dias e levou cerca de um ano para se recuperar, recebendo cuidados
extremos.
“Não conseguia segurar nada, fiquei sem
controle fisiológico, precisei usar fraldas. Minha mãe parou de
trabalhar para voltar a cuidar de mim, me dar banho, me alimentar, tudo.
Tive que começar do zero, como se tivesse nascido de novo, e acredito
que nasci. Parece que dormi e acordei de um pesadelo, apenas com uma
cicatriz a mais”.
Depois de muito esforço e tratamento
intensivo, ela conseguiu andar novamente e sua coluna possui uma placa
de titânio e seis parafusos. Sua vida voltou ao normal, mas Marcelle
afirma que nunca mais fará o exercício novamente. “Jamais farei
abdominal invertido novamente. Descobri um risco que achei que não
existia. Hoje tenho uma vida normal graças a Deus e aprendi a valorizar
as coisas mais simples da vida, como sair da cama e poder me escovar os
dentes sem ajuda”.
(Jornal do País)
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