sábado, 24 de fevereiro de 2018

Noite sangrenta no Afeganistão: mais de 20 mortos em ataques suicidas. Estado Islâmico e Talibã assumiram autoria de atos em diferentes partes do país

MINISTRO DA DEFESA
 Noite sangrenta no Afeganistão: mais de 20 mortos em ataques suicidas

Os grupos terroristas Estado Islâmico e Taliban reclamaram hoje (24) a autoria de uma série de ataques suicidas ocorridos durante a noite o Afeganistão, provocando a morte de mais de 20 pessoas em diversos pontos do país, segundo as autoridades afegãs.

O Ministro da Defesa revelou que na zona ocidental do país morreram pelo menos 18 pessoas, mas não forneceu mais detalhes sobre aquele que parece ser o incidente mais grave da noite.

Mais a sul, na província de Helmand, pelo menos três agentes de segurança morreram em resultado de dois ataques separados de homens-bomba, revelou o porta-voz do governador provincial.

Omar Zwak, porta-voz do governador de Helmand, revelou que um homem-bomba que conduzia um carro com armas foi morto por soldados afegãos. A viatura desgovernada acabou por explodir à entrada da base militar de Nad Aaki, matando dois soldados e ferindo um terceiro.

Um segundo ataque suicida ocorreu junto à base militar da capital de Helmand, Lashkar Gah, matando um agente de segurança e ferindo mais sete pessoas.

Um porta-voz do Taliban, Qari Yusouf, reclamou a responsabilidade pelos dois ataques suicidas em Helmand.

Também hoje, um homem-bomba se explodiu na zona das embaixadas, em Cabul, capital do Afeganistão, matando mais uma pessoa e ferindo pelo menos outras seis a poucos metros do quartel-general da Nato, revelou o governo afegão.

O porta-voz do Ministério do Interior do Afeganistão, Najib Danish, admitiu que o número de vítimas mortais pode vir a aumentar.

No início da manhã, o Estado Islâmico reinvindicou a autoria deste atentado.

Desde 2015, o Taliban e o Estado Islâmico alimentam uma guerra sangrenta, marcada por episódios violentos de rivalidade, somando-se aos conflitos que cada grupo tem com as forças afegãs.

(por Lusa)

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