RIO - Com a ajuda do ex-governador Sérgio Cabral, o presidente afastado da Federação do Comércio do Estado do Rio de Janeiro (Fecomércio), Orlando Diniz,
desviou, segundo a investigação, ao menos R$ 3 milhões de duas
entidades do Sistema "S", o Sesc e o Senac-RJ, para a Thunder Assessoria
Empresarial, firma na qual figura como sócio-administrador. Esta
conexão, apontada pela força-tarefa da Operação Calicute, versão da
Lava-Jato no Rio, é um dos fundamentos do mandato de prisão preventiva
de Diniz nesta sexta-feira, ordenada pelo juiz Marcelo Bretas, da 7ª
Vara Federal Criminal do Rio. Os agentes estão na casa do pai do
empresário, no Leblon, zona sul do Rio e também na sede da Fecomércio.
Outros três funcionários da entidade também são alvos de mandados de
prisão.
A operação de hoje foi denominada "Jabuti",
em referência à maneira como eram tratados os indicados por Cabral pelos
funcionários da Fecomércio.
Policiais federais à porta do apartamento de Orlando Diniz, presidente da Fecomercio Foto: Paulo Nicolella
De acordo com a investigação, Diniz subtraiu o dinheiro das entidades
entre 2010 e 2015. Para isso, segundo evidências colhidas pelos
procuradores, usou notas fiscais frias emitidas, a pedido de Cabral, por
duas empresas: a Dirija Veículos e a Viação Rubanil. Diniz - afastado
atualmente do cargo por meio de uma liminar - e os demais suspeitos são
acusados de corrupção ativa, lavagem de dinheiro e de organização
criminosa.
Nenhum comentário:
Postar um comentário