O senador Romário (Podemos-RJ) ocultou uma parcela milionária do seu patrimônio nos últimos anos para evitar o pagamento de dívidas reconhecidas pela Justiça. Dois apartamentos na Praia da Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio, já foram identificados em juízo e vão ser usados para amortizar parte do que é devido pelo ex-jogador. Uma casa em um condomínio de luxo no mesmo bairro e um carro importado deverão ser os próximos da lista. Os bens mapeados — todos estiveram ou ainda estão oficialmente registrados em nome de terceiros — são avaliados em R$ 9,6 milhões.
Um levantamento feito pelo GLOBO nas
ações, em cartórios e junto à Procuradoria da Fazenda Nacional revela
que Romário e duas de suas empresas são cobrados por pelo menos R$ 36,7
milhões em dívidas com a União, outras empresas e pessoas físicas. O
mecanismo para esconder bens e burlar credores foi explicitado pela
juíza Érica de Paula Rodrigues da Cunha, da 4ª Vara Cível da Barra, ao
analisar o caso dos imóveis localizados na orla da Barra. “O expediente é
tal flagrante que não pode ser ignorado. Não é preciso maior dilação
para se concluir pela ocultação de patrimônio para fraudar credores”,
escreveu a magistrada em despacho de outubro do ano passado. (…)
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