sexta-feira, 23 de fevereiro de 2018

Caern retoma abastecimento em Santana do Matos; 15 cidades continuam sem água nas torneiras. Cidade, que fica na região Central do estado, estava em colapso desde novembro do ano passado.

ALÍVIO

 Antes, com as torneiras vazias, população de Santana do Matos precisava recorrer a chafarizes públicos para ter água (Foto: Anderson Barbosa/G1) 

Para o alívio de 13 mil habitantes, o município de Santana do Matos, na região Central potiguar, voltou a ter água nas torneiras. Nesta quinta-feira (22), segundo a Companhia de Águas e Esgotos do Rio Grande do Norte (Caern), o abastecimento foi retomado. 

O fornecimento havia sido interrompido no dia 27 de novembro do ano passado em razão de o açude que abastece a cidade, o Rio da Pedra, ter secado por causa da falta de chuvas na região. O reservatório tem capacidade para 12 milhões de metros cúbicos de água.

 Açude Rio da Pedra, em Santana do Matos  (Foto: Anderson Barbosa/G1)
 Açude Rio da Pedra, em Santana do Matos (Foto: Anderson Barbosa/G1)

Atualmente, ainda de acordo com a Caern, 15 municípios permanecem em colapso. São eles:
  • Luís Gomes, desde outubro de 2011
  • Tenente Ananias, desde agosto de 2014
  • João Dias, desde novembro de 2014
  • São Miguel, desde janeiro de 2015
  • Pilões, desde março de 2015
  • Rafael Fernandes, desde novembro de 2015
  • Paraná, desde dezembro de 2015
  • Francisco Dantas, desde fevereiro de 2016
  • Marcelino Vieira, desde fevereiro de 2016
  • Almino Afonso, desde março de 2016
  • José da Penha, desde novembro de 2016
  • Cruzeta, desde setembro de 2017
  • Jardim do Seridó, desde outubro de 2017
  • Messias Targino, desde janeiro de 2018
  • Patu, desde janeiro de 2018

Seca histórica

Com seis anos seguidos de estiagem, esta é a seca mais severa de todos os tempos no Rio Grande do Note. Os efeitos são preocupantes. Dos 167 municípios potiguares, 153 estão em situação de emergência por causa da escassez de água – o que representa 92% do estado. 

Além das 15 cidades em colapso, 84 precisaram adotar sistemas de rodízio para ter água encanada. Ao longo destes anos, o governo estima que os prejuízos já passaram dos R$ 4 bilhões por causa da redução do rebanho e do plantio.

Esperança

O interior do Rio Grande do Norte terá um inverno com chuvas variando de normal a acima de normal nos meses de março, abril e maio. Essa foi a conclusão da II Reunião de Análise Climática para o Semiárido do Nordeste Brasileiro, realizada pela Empresa de Pesquisa Agropecuária do Rio Grande do Norte (EMPARN) e concluída nesta quinta-feira (22). 

 (Por G1 RN)

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