EXTRADIÇÃO
Frederik Barbieri, brasileiro radicado nos Estados Unidos, foi preso no estado americano da Flórida (TV Globo/Reprodução)
Preso hoje (24) no estado norte-americano da Flórida, o brasileiro Frederik Barbieri,
considerado pela Polícia Civil do Rio de Janeiro o maior traficante de
armas do Brasil, pode ser extraditado após pedido do governo.
O Departamento de Recuperação de Ativos e Cooperação
Jurídica Internacional, do Ministério da Justiça e Segurança Pública,
informou que já apresentou ao governo norte-americano a documentação,
porém, houve um pedido de complementação e, no momento, o departamento
aguarda o Poder judiciário enviar os papéis solicitados traduzidos para o
inglês.
A prisão foi confirmada pelo titular da Delegacia
Especializada em Armas, Munições e Explosivos (Desarme), Fabrício
Oliveira. Barbieri tinha cidadania americana e foi apontado como o
comandante da organização responsável pela carga de 60 fuzis de guerra
apreendidos em junho do ano passado no Terminal de Cargas do Aeroporto
Internacional do Rio de Janeiro.
Segundo Oliveira, as investigações no Brasil começaram em
2015 e apontam que Barbieri residia em Miami desde 2010. Com a apreensão
no aeroporto, as autoridades americanas também iniciaram uma
investigação, no ano passado.
“Foi essa investigação nos Estados Unidos que ocasionou a
prisão dele lá, começou com a apreensão do carregamento de fuzis aqui no
Galeão, quando começou a investigação das autoridades americanas. A
prisão dele é fruto de uma investigação da polícia americana com a ajuda
da polícia brasileira, uma força-tarefa ficou uma semana lá”, disse
Oliveira.
Para o delegado, a prisão foi um importante passo no combate à violência
no estado. “A expectativa é que as remessas ilegais diminuam, uma vez
que a gente conseguiu desarticular essa quadrilha. Tem investigações que
seguem em sigilo. A gente apreendeu fuzis no aeroporto, mas sabe que
ele utilizou diversos outros instrumentos. É muito importante, porque
foi fruto de uma força-tarefa entre a Polícia Civil do Rio e agentes
americanos, em que a gente consegue colocar o líder de uma organização
criminosa na cadeia”, destacou.
(Por
Agência Brasil)
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