Dez pessoas foram presas na manhã desta quarta-feira, 21, suspeitas de envolvimento com o tráfico de drogas em Itaquaquecetuba, São Paulo. De acordo com a Polícia Federal (PF), o tráfico era administrado pelo PCC. As informações são do portal Uol.
Um pastor de uma igreja evangélica
está entre os 10 suspeitos presos. Além dele, um traficante do PCC e seu
irmão, um corretor imobiliário e proprietários de açougues e de
concessionárias também foram presos pela PF.
A investigação apontou que o grupo
facilitava a venda de drogas e realizava lavagem de dinheiro em
Itaquaquecetuba. A Polícia ainda procurava outras duas pessoas na manhã
de hoje.
Chefe da delegacia de repressão e
entorpecentes da PF, Fabrízio Galli afirma que os dois irmãos eram os
responsáveis pelo tráfico no município, sendo os principais alvos da
investigação.
“O dinheiro do tráfico era juntado ao
dízimo na igreja que foi construída só para essa função. Donos de
empresas de automóveis cediam carros para transportes de drogas. Os
açougues faziam lavagem também”, afirmou em entrevista ao Uol.
Conforme o delegado, a imobiliária
alugava imóveis para a facção. Foram cumpridos 19 mandados de apreensão
em imóveis da cidade. Fabrízio Galli afirma ainda que a igreja teria
sido contruída para juntar o dinheiro do tráfico ao dízimo.
A Polícia Federal informou, por meio
de nota, que a operação Frater teve o objetivo de desarticular uma
organização criminosa especializada no tráfico de drogas. 12 pessoas
foram presas temporariamente e trazidas à Polícia Federal para serem
interrogadas. Também foram realizadas buscas domiciliares em 19 locais.
O grupo criminosos ligado ao PCC
recebia cocaína em São Paulo, distribuia locais de venda que controlava e
revenda no varejo. “Durante a investigação, iniciada em janeiro de
2017, foram apreendidos 890 quilos de cocaína, 11 fuzis, 2 pistolas,
grande quantidade de munição e 3 bloqueadores de telefone celular. Os 31
mandados judiciais foram cumpridos pela PF nas cidades São Paulo, Mogi
das Cruzes, Santo André, Jarinu e Praia Grande, todas no Estado de São
Paulo. São 12 mandados de prisão temporária e 19 mandados de busca e
apreensão. A ação é um importante golpe na estrutura do PCC,
desarticulando uma relevante célula da facção responsável pelo tráfico
interestadual de drogas e armas”, divulgou a PF.
Os investigados serão indiciados pela
prática de crimes de tráfico de drogas (artigo 33, parágrafo 1º, inciso
I, da Lei 11.343/06) e associação para o tráfico de drogas (artigo 35 da
mesma lei), com penas de 5 a 15 anos e multa e 3 a 10 anos e multa,
respectivamente. Alguns também responderão pelo crime de posse ilegal de
arma de fogo de uso restrito, cuja pena cominada é de reclusão de 3 a 6
anos, e multa (artigo 16 da Lei 10.826/03).
(Redação O POVO Online)
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