Sob pressão, Sampaoli tentou mostrar otimismo, apesar da tensão - AFP PHOTO / CHRISTOPHE SIMON
Rússia - Os jogadores argentinos foram recebidos com
uma grande festa da torcida em São Petersburgo, local do duelo decisivo
desta terça-feira, às 15h, com a Nigéria. No entanto, a pressão pela
vitória é enorme, com todos carregando nos ombros o peso de uma nação
apaixonada por futebol e que nada conquista há 25 anos desde 1993 os
hermanos não levantam um caneco.
Na coletiva, o técnico Jorge Sampaoli, que enfrenta
críticas e questionamentos de todos os lados, procurou demonstrar
tranquilidade e, sobretudo, confiança, embora seu semblante entregasse a
preocupação em vários momentos.
O treinador assegurou que a Argentina fará hoje a
melhor exibição no Mundial, o que, na verdade, não significa muito o
time vem de um empate em 1 a 1 com a Islândia e uma derrota de 3 a 0
para a Croácia: "Estou convencido de que a partir desta terça-feira muda
a história para a seleção. Tenho muitos argumentos para acreditar
nisso. A Argentina vai começar a viver este Mundial de outra forma.
Nossa meta é vencer cinco partidas até a final. Amanhã (hoje) será a
primeira."
Sampaoli não antecipou a
escalação, mas a tendência é que promova a entrada de Banega, Di María e
Higuaín, apostando na experiência para dar um suporte a Lionel Messi,
também muito pressionado pela campanha ruim até aqui. Para se manter
viva, a Argentina tem que vencer a Nigéria e torcer por tropeço da
Islândia diante da Croácia. Se os islandeses vencerem, os hermanos terão
que ganhar por um gol a mais do que os vikings.
CONFIANÇA DO ADVERSÁRIO
Com três pontos e na vice-liderança do Grupo D, a
Nigéria precisa de uma vitória simples para avançar. Até pode se
classificar com um empate, desde que a Islândia passe pela Croácia por
diferença de apenas um gol. A dúvida é o meia Obi Mikel, com uma fratura
na mão, mas que tem chance de jogar.
Na avaliação do técnico da Nigéria, Gernot Rohr, a
partida será muito disputada: "Será uma batalha contra a Argentina. Pode
ser um jogo espetacular. Estamos numa posição melhor e com um
sentimento otimista. Meus jogadores estão com fome", ressaltou Rohr.
Tudo ou nada hoje para os islandeses
Líder
do Grupo D e já classificada às oitavas, a Croácia encara hoje a
Islândia, às 15h, em Rostov, em busca da terceira vitória na Copa. Um
empate garante a primeira posição aos croatas, que têm um saldo de cinco
gols, contra zero dos nigerianos. Como a Islândia precisa vencer para
se manter viva no torneio, muito se questionou o técnico croata Zlatko
Dalic sobre a escalação de um time misto.
E ele se
mostrou irritado: "Vamos montar nosso time para o jogo, mas, como disse,
estamos nos preocupando só com nossos problemas. Não é justo dizer que
vamos usar um time reserva. Essa é a seleção nacional da Croácia."
Surpresa
aos chegar às quartas de final da Eurocopa, em 2016, a Islândia estreou
bem na Copa ao empatar em 1 a 1 com a Argentina, mas se complicou após
perder por 2 a 0 para a Nigéria. Por isso, terá que vencer hoje a
Croácia, de preferência com boa margem.
Capitão
islandês, Aron Gunnarsson advertiu que o time não pode se preocupar com a
partida entre Argentina e Nigéria. "Não vamos pensar em nada além da
Croácia. É tudo conosco agora."
O técnico Heimir
Hallgrimsson admitiu que será difícil esquecer o outro jogo, mas pediu
concentração: "Claro que temos comunicação com pessoas que estarão vendo
o outro jogo, mas queremos focar no nosso."
(por O Dia)
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