quinta-feira, 28 de junho de 2018

'Meu filho não era bandido', diz mãe de homem morto em operação da polícia em Natal. Dennisson Francis morreu nesta terça-feira (26), após a ação que aconteceu na Comunidade do Mosquito.

OPERAÇÃO PENTE FINO I
 Dennisson Francis de Aquino tinha 29 anos e foi morto na Operação Pente Fino I, na Comunidade do Mosquito (Foto: Reprodução/Inter TV Cabugi)
 Dennisson Francis de Aquino tinha 29 anos e foi morto na Operação Pente Fino I, na Comunidade do Mosquito (Foto: Reprodução/Inter TV Cabugi)
 Operação na Comunidade do Mosquito, em Natal  (Foto: Kleber Teixiera/Inter TV Cabugi )
 Operação na Comunidade do Mosquito, em Natal (Foto: Kleber Teixiera/Inter TV Cabugi )

Os pais de Dennisson Francis de Aquino afirmam que vão cobrar a apuração da morte dele. O jovem de 29 anos de idade e morto durante uma operação da polícia na Comunidade do Mosquito, Zona Oeste de Natal, nesta terça-feira (26). 

“Meu filho não era bandido”, declarou Edna de Aquino, mãe de Dennisson. Segundo ela, o filho saiu de casa na sexta-feira da semana passada, dia 22, e desde então não o encontrava. Edna contou que Denisson Francis era dependente químico, mas reforçou que não tinha passagem pela polícia. 

O G1 procurou no site do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Norte e não consta nenhum processo contra o rapaz disponível na plataforma. Edna de Aquino afirma que pessoas que estavam no local disseram a ela que Denisson estava deitado em uma rede quando foi atingido pelos disparos. 

De acordo com a Divisão Especializada de Combate ao Crime Organizado (Deicor), Dennisson Francis de Aquino trocou tiros com a polícia e foi baleado. Ele foi socorrido ao hospital, porém não resistiu aos ferimentos e morreu. 

O tiroteio aconteceu durante a Operação Pente Fino I, que envolveu homens da Polícia Civil, da Polícia Militar e da Força Nacional. Na ação, foi apreendida uma lista com nomes de integrantes de uma facção criminosa que tem atuação no Rio Grande do Norte e em outros estados do país, o Primeiro Comando da Capital (PCC). O trabalho resultou também na apreensão de drogas e armas, além da prisão de duas pessoas. 

“Nós vamos procurar a Justiça”, adianta Wilton Aquino, pai de Dennisson. A família vai cobrar a realização do exame residuográfico, que vai dizer se o jovem estava ou não portando uma arma quando morreu. O laudo determina se há ou não resíduo de pólvora nas mãos do examinado.

Questionada sobre as declarações dos parentes de Dennisson Francis, a Secretaria de Estado da Segurança Pública e da Defesa Social (Sesed), disse através de nota que “todos os detalhes sobre os indivíduos detidos ou neutralizados na operação serão esclarecidos durante o inquérito policial”. 

(Por G1 RN) 

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