A Justiça do Rio Grande do Norte determinou o afastamento da prefeita
de Cerro Corá, por improbidade administrativa. A decisão foi proferida
após pedido do Ministério Público do Estado, através de uma ação civil
pública.
De acordo com o MP, a prefeita Maria das Graças Oliveira firmou um
contrato de locação de imóvel sem a realização de licitação. A Justiça
também deferiu o pedido do Ministério Público para decretar a
indisponibilidade dos bens da chefe do Executivo e da proprietária do
imóvel, e suspender os pagamentos da prefeitura referentes à locação da
casa, onde funciona a Secretaria de Assistência Social do Município.
Ainda segundo o Ministério Público do RN, além de ter ignorado a
necessidade licitação para locar o imóvel, a proprietária da residência
alugada integra o grupo político de Maria das Graças. Ela, inclusive,
teria cedido a casa que serviu de comitê para a prefeita durante a
campanha eleitoral de 2016 – doação com valor estimado em R$ 300
mensais, conforme prestações de contas junto ao Tribunal Regional
Eleitoral (TRE). Porém, o MP alega que a prefeitura passou a pagar R$
600 por mês pela utilização do local.
O imóvel foi alugado em janeiro em 2017, no entanto, ficou fechado por
meses, e só foi ocupado pela secretaria em julho de 2017,
caracterizando, de acordo com o MP, gasto desnecessário do dinheiro
público. O Ministério Público diz ainda que o imóvel estava bastante
deteriorado e foi necessário que a prefeitura fizesse uma reforma no
local.
Para o Ministério Público, ficou “evidente” que o imóvel foi alugado
sem que tivesse uma finalidade específica, a não ser a de beneficiar a
locatária, correligionária da chefe do Executivo. “A locação ocorreu não
só em contrariedade às disposições da lei de licitações, razão pela
qual se mostra nula, mas, também, de modo danoso ao erário municipal,
devendo as requeridas serem responsabilizadas pela improbidade
cometida”, argumenta o MP.
Leia a ação civil pública na íntegra clicando aqui.
(Por G1 RN)
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