Rojo e Messi celebram gol da Argentina
A Copa do Mundo da Rússia quase acabou para a Argentina. Nesta terça-feira (26), em São Petersburgo, o time que já havia sofrido para confirmar a sua vaga no torneio suou bastante para derrotar a Nigéria por 2 a 1 e evitar a eliminação precoce no grupo D. O astro Lionel Messi desencantou no primeiro tempo, mas Moses converteu pênalti para igualar o marcador no segundo. Aos 40 minutos, Rojo marcou o gol salvador.
Sem ter conquistado nem uma vitória sequer até então (antes, empatou também por 1 a 1 com a Islândia e perdeu por 3 a 0 para a Croácia), a Argentina assumiu a segunda colocação da chave, com 4 pontos ganhos, na rodada derradeira. Os líderes croatas tiveram 100% de aproveitamento, com 9, enquanto os nigerianos somaram 3 e os islandeses, apenas 1.
Enquanto Nigéria e Islândia se despedem, Croácia e Argentina iniciarão preparação para as oitavas de final do Mundial. Os croatas, que derrotaram os islandeses por 2 a 1 também nesta terça-feira, jogarão contra a Dinamarca às 15 horas (de Brasília) de domingo, em Níjni Novgorod. Um dia antes, às 11 horas (de Brasília), os argentinos farão duelo de campeões do mundo com a França.
Desencantou
Não parecia que a Argentina havia sofrido uma impactante derrota por 3 a
0 para a Croácia na rodada anterior da Copa do Mundo. Os jogadores
chegaram ao Estádio Krestovsky cantando. Lá dentro, Messi, embora sério,
não levou os dedos à testa nem fez feição de preocupado durante a
execução do hino nacional.
Entre os torcedores, o clima também era de otimismo. Diego Armando
Maradona, chamando a atenção mais uma vez em um camarote, chegou a
bailar com uma nigeriana antes de a partida começar. Faixas com a imagem
dele se misturavam com aquelas que exaltavam Messi nas arquibancadas,
preenchidas majoritariamente por argentinos.
Banega e Ndidi disputam a bola
Quando a bola rolou, o time de Jorge Sampaoli (o único vaiado no
anúncio da escalação da Argentina) tentou fazer jus à confiança. Sem
Aguero, que se desentendeu com o técnico no jogo passado, e com Higuaín,
a seleção sul-americana apostou na movimentação ofensiva constante para
acuar a Nigéria.
Aos poucos, como em um chute por cima da meta de Tagliafico, a
estratégia da Argentina parecia que começaria a surtir efeito. Desde que
o time não falhasse defensivamente, como fazia Mascherano, falhando
feio nas saídas de bola. Por sorte, a Nigéria não conseguia tirar
proveito dos vacilos do volante.
Aos 13 minutos, a Argentina trouxe calma a Mascherano e aos seus
torcedores. Rojo fez um desarme e passou a bola para Banega, que lançou
Messi com categoria. O astro do Barcelona dominou com perfeição, entrou
na área e arrematou cruzado para anotar o centésimo gol da Copa do Mundo
da Rússia.
Messi comemora gol da Argentina sobre a Nigéria
"Messi! Messi! Messi!", reverenciaram os torcedores da Argentina, na
expectativa de que o craque os conduzisse aos jogos eliminatórios do
Mundial. Aos 33 minutos, pouco depois de uma bola dividida por Higuaín
com o goleiro Uzoho, o ídolo quase voltou a fazer a diferença. Acertou a
trave em uma cobrança de falta.
A Nigéria aceitava o ritmo imposto pela Argentina. A equipe que
iniciara a rodada em vantagem na tabela de classificação demonstrava
nervosismo mesmo ao esboçar uma pressão no final do primeiro tempo. Um
chute muito torto de Etebo, aos 41 minutos, evidenciou a situação. A
bola saiu pela lateral.
Moses marca gol da Nigéria sobre a Argentina
Reações e sofrimento
Antes mesmo de descer para o vestiário, o time da Nigéria se reuniu no
gramado para tentar se reorganizar na segunda etapa da partida. O
técnico alemão Gernot Rohr deu a sua colaboração dentro do vestiário, e a
equipe africana retornou de lá com uma alteração no ataque. Ighalo
substituiu Iheanacho.
O placar também mudou em pouco tempo. Aos três minutos, Mascherano
agarrou Balogun dentro da área, e o árbitro turco Cuneyt Cakir assinalou
o pênalti antes e após consultar o VAR. Moses se apresentou para a
cobrança e, tranquilo, apenas rolou a bola para a meta defendida por
Armani, o substituto de Caballero, sacado após falhar feio contra a
Croácia.
A Nigéria tentou tirar proveito do bom momento para acuar a Argentina.
Nas arquibancadas, os torcedores sul-americanos passaram a cantar com
mais intensidade, na esperança de motivar a sua seleção. Sampaoli também
agiu. Trocou Enzo Pérez por Pavón.
Moses e Musa comemoram gol da Nigéria
Àquela altura, a Argentina já havia sido tomada pelo nervosismo. A
equipe de Sampaoli até rondava a área da Nigéria, porém errava passes
fáceis. Na defesa, assustava-se com cada avanço em velocidade da sua
adversária. Como quando Moses passou a bola entre as pernas de Mercado e
lamentou a conclusão para o alto de Ndidi.
Aos 29 minutos, o tom dos nigerianos foi de reclamação. Rojo tocou a
bola com o braço ao tentar afastar a bola dentro da área, e o árbitro
não assinalou o pênalti mesmo depois de o lance ser checado pelo VAR.
Ainda mais pressionado, Sampaoli gastou as suas últimas fichas com as
entradas de Meza e Aguero nos lugares de Di María e Tagliafico.
Deu certo. Aos 40 minutos, Mercado foi à ponta direita e cruzou para
Rojo emendar de primeira para a rede, transformando o Estádio Krestovsky
em La Bombonera. A Nigéria ainda tentou reverter a eliminação com Iwoby
e Simy nos postos de Omeruo e Musa, mas já era tarde. A Argentina de
Messi estava viva na Copa do Mundo da Rússia.
FICHA TÉCNICA
NIGÉRIA 1 X 1 ARGENTINA
Local: Estádio Krestovsky, em São Petersburgo (Rússia)
Data: 26 de junho de 2018, terça-feira
Horário: 15 horas (de Brasília)
Árbitro: Cuneyt Cakir (Turquia)
Assistentes: Bahattin Duran e Tarik Ongun (ambos da Turquia)
Público: 64.468 pessoas
Cartões amarelos: Balogun e Obi Mikel (Nigéria); Mascherano, Banega e Messi (Argentina)
Gols: NIGÉRIA: Moses, aos 5 minutos do segundo tempo; ARGENTINA:
Messi, aos 13 minutos do primeiro tempo, e Rojo, aos 40 minutos do
segundo tempo
NIGÉRIA: Uzoho; Balogun, Ekong e Omeruo (Iwoby); Ndidi, Obi Mikel, Moses, Etebo e Idowu; Musa (Simy) e Iheanacho (Ighalo)
Técnico: Gernot Rohr
ARGENTINA: Armani; Mercado, Otamendi, Rojo e Tagliafico (Aguero); Mascherano, Banega, Enzo Pérez (Pavón) e Di María (Meza); Messi e Higuaín
Técnico: Jorge Sampaoli
(Terra)
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