
Ex-tesoureiro do PT Delúbio Soares foi condenado em segunda instância - Reprodução/ Agência Brasil
Brasília - O ex-tesoureiro do PT Delúbio Soares
recorreu ao Supremo Tribunal Federal (STF), neste sábado, para tentar
cumprir sua pena em Brasília, em regime semiaberto. Condenado no âmbito
da Lava Jato, Delúbio está preso em Curitiba (PR), em regime fechado,
após ser condenado a seis anos por lavagem de dinheiro. O ministro Edson
Fachin é responsável por decidir sobre o pedido.
Delúbio começou a cumprir no fim de maio, em São Paulo,
mas foi transferido na última quarta-feira para o Complexo
Médico-Penal, em Pinhais, região metropolitana de Curitiba, por ordem da
12ª Vara Federal da capital paranaense.
Segundo a defesa do ex-tesoureiro, Delúbio tem família
em Brasília, local também próximo a cidade onde residem seus filhos e
irmãos. Ao pedir para cumprir pena no semiaberto, a defesa afirma que
não há fundamentação para manter Delúbio em regime fechado.
"Isso porque, além de condená-lo de maneira
absolutamente injusta, aplicou-lhe reprimenda rigorosa sem a devida
fundamentação, situação que pode ser reparada pela concessão da ordem
por essa Corte Cidadã", afirmam os advogados.
Delúbio teve a condenação confirmada pelo Tribunal
Regional Federal da 4.ª Região (TRF-4), que negou, em maio, os últimos
recursos do ex-tesoureiro na segunda instância. Na ocasião, o
desembargador João Pedro Gebran Neto, relator, determinou "o início do
cumprimento das penas por estarem esgotados os recursos em segundo
grau".
Após a rejeição do apelo decisivo de Delúbio, o juiz
federal Sérgio Moro mandou prender o ex-tesoureiro do PT. Ele foi
sentenciado pelo suposto envolvimento em empréstimo de R$ 12 milhões
tomado pelo pecuarista José Carlos Bumlai junto ao Banco Schahin, em
outubro de 2004. O dinheiro era destinado ao PT, segundo a força-tarefa
da Lava Jato.
Delúbio já havia sido condenado no escândalo no
Mensalão. Ele pegou 6 anos e 8 meses de prisão no regime semiaberto por
corrupção ativa e foi preso em novembro de 2013. Menos de um ano depois,
em setembro de 2014, ele passou para o regime aberto.
Fachin negou recentemente um outro pedido de Delúbio.
No mesmo dia em que ele foi preso, o relator da Lava Jato no Supremo
rejeitou o pedido de liberdade do ex-tesoureiro do PT.
(por Estadão Conteúdo)
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