quinta-feira, 29 de novembro de 2018

Atlético-PR vence Fluminense no Maracanã e garante vaga na final da Copa Sul-Americana. Oponente sairá do duelo entre Junior Barranquilla e Independiente Santa Fe

COPA SUL-AMERICANA
 Fernando Souza/Atlético-PR
 Após vencer ida por 2 a 0, no Paraná, Furacão repetiu o placar, agora no Maracanã, sobre o Fluminense
 Miguel Locatelli/Atlético-PR
 Logo aos quatro minutos de jogo, Nikão completou cruzamento de Cirino e abriu o placar para o Furacão

O Atlético-PR está de volta a uma final continental após 12 anos. Depois de se sagrar vice-campeão da Libertadores em 2005, contra o São Paulo, o Furacão garantiu a vaga na decisão da Copa Sul-Americana nesta quarta-feira ao vencer novamente o Fluminense, desta vez em pleno Maracanã, por 2 a 0. Os gols da equipe comandada pelo técnico Tiago Nunes foram marcados por Nikão, logo aos quatro minutos do primeiro tempo, e Bruno Guimarães, aos nove da etapa complementar.

O Atlético-PR já havia vencido a partida de ida, na Arena da Baixada, pelo mesmo placar do confronto desta quarta-feira. Na ocasião, o Furacão conseguiu o triunfo graças aos gols de Renan Lody e Roni.

Agora, o Atlético-PR aguarda o duelo colombiano entre Junior Barranquilla e Santa Fe para descobrir quem será seu adversário na grande final da Sul-Americana. No jogo de ida, melhor para o Barranquilla, que, mesmo jogando fora de casa, dominou os adversários e venceu por 2 a 0.

O jogo – Logo aos quatro minutos de jogo o Atlético abriu o placar frustrando a torcida do Fluminense. Marcelo Cirino cruzou, a zaga do Tricolor falhou sem conseguir cortar e Nikão escorou para o fundo da rede. Os torcedores anfitriões, que ainda entravam no estádio, ficaram calados e o que se ouvia era o coro da torcida visitante.

 
O Fluminense demorou muito tempo para se reerguer e só conseguiu assustar aos 17 minutos, quando Luciano recebeu na área e chutou sobre o gol. O próprio atacante, três minutos depois, isolou a bola estando dentro da grande área. Foi a senha para as primeiras vaias serem ouvidas no Maracanã com os pedidos de “Everaldo”.

Entendendo o momento do jogo, o Atlético passou a congestionar o meio-de-campo e forçar os erros do Fluminense, mas não aproveitava a situação para criar contra-ataques. Enquanto isso os tricolores, nervosos em campo, tentavam “cavar” faltas e pênaltis, mas não iludiam o árbitro chileno Julio Bascuñan. O técnico Marcelo Oliveira então resolveu abrir mão do esquema com três zagueiros aos 27 minutos e tirou Paulo Ricardo. Porém, não colocou Everaldo em campo e sim o lateral-direito Léo, o que provocou mais vaias. Jadson, que havia começado a partida na ala, voltou a ser volante.

Aos 30 minutos o Atlético-PR desperdiçou uma boa chance de ampliar. Renan Lordi fez grande jogada pela esquerda e cruzou para Marcelo Cirino, de primeira, chutar sobre o gol. Nos minutos finais o que se viu foi uma troca de passes do FGuracão diante de um apático Tricolor, que foi para o intervalo sob vaias.

Na volta para o segundo tempo o Atlético voltou recuado e o Fluminense encontrando as mesmas dificuldades de penetração. Porém, mesmo assim, assustou aos seis minutos, quando Luciano foi lançado entre os zagueiros e deslocou o goleiro, mas Thiago Heleno evitou o gol.

O que poderia piorar a situação do Fluminense, o segundo gol do Furacão, aconteceu aos nove minutos em um contra-ataque mortal. Nikão avançou com a bola dominada e acionou Marcelo Cirino que, na área, cruzou para Bruno Guimarães, como elemento-surpresa, escorar para o fundo da rede.

A partir daí o que se viu foram focos de tumulto na arquibancada e vaias. Em campo Fluminense buscava o gol de forma desorganizada, como em chutes de fora da área de Richard, controlados por Santos sme grande dificuldade. Além disso, o time carioca ainda sofria alguns sustos, como em chute de Nikão aos 28 minutos, que fez a bola bater na rede, mas pelo lado de fora.

Nos minutos finais o presidente do Fluminense, Pedro Abad, teve que deixar um dos camarotes por estar sendo hostilizado por torcedores. Melhor para ele, que não viu o Furacão tocar a bola sem ser incomodado e administrar a vantagem até o apito final.

Agora o Fluminense tenta a sua permanência na Primeira Divisão do Campeonato Brasileiro no domingo, quando recebe o América às 17h (de Brasília), também no Maracanã, pela última rodada. Um empate basta ao Tricolor carioca.

Um dia antes, neste mesmo palco, só que às 19h (de Brasília), o Atlético-PR visita o Flamengo ainda sonhando com uma vaga na Copa Libertadores. Para isso o Furacão, que soma 54 pontos, precisa ganhar e torcer por um tropeço do Atlético, que tem dois pontos a mais que recebe o Botafogo no estádio Independência, em Belo Horizonte (MG). O Galo fecha o G-6, a zona de classificação para o torneio continental.


FLUMINENSE 0 x 2 ATLÉTICO-PR

Fluminense
Júlio César, Paulo Ricardo (Léo), Gum (Dodi) e Digão; Jadson, Richard, Junior Sornoza, Marco Júnior (Everaldo) e Ayrton Lucas; Júnior Dutra e Luciano
Técnico: Marcelo Oliveira

Atlético-PR
Santos, Jonathan, Léo Pereira, Thiago Heleno e Renan Lodi; Bruno Guimarães, Lucho González (Wellington) e Raphael Veiga (Marcinho); Marcelo Cirino (Roni), Nikão e Pablo
Técnico: Tiago Nunes

Gols: Nikão aos 4 minutos do 1º Tempo e Bruno Guimarães aos 9 minutos do 2º Tempo (Atlético-PR)
Cartões amarelos: Gum (Fluminense)

Renda: R$ 1.286.580,00
Público: 37.208 pagantes

Local: Maracanã, Rio de Janeiro (RJ)
Data: 28 de novembro de 2018 (quarta-feira)
Horário: 21h45 (de Brasília)
Árbitro: Julio Bascuñan (Chile)
Assistentes: Christian Schiemann (Chile) e José Retamal (Chile) 



(por: Gazeta Press)

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