COPA SUL-AMERICANA
Após vencer ida por 2 a 0, no Paraná, Furacão repetiu o placar, agora no Maracanã, sobre o Fluminense
Logo aos quatro minutos de jogo, Nikão completou cruzamento de Cirino e abriu o placar para o Furacão
O Atlético-PR está de volta a uma final continental após 12 anos. Depois
de se sagrar vice-campeão da Libertadores em 2005, contra o São Paulo, o
Furacão garantiu a vaga na decisão da Copa Sul-Americana nesta
quarta-feira ao vencer novamente o Fluminense, desta vez em pleno
Maracanã, por 2 a 0. Os gols da equipe comandada pelo técnico Tiago
Nunes foram marcados por Nikão, logo aos quatro minutos do primeiro
tempo, e Bruno Guimarães, aos nove da etapa complementar.
O Atlético-PR já havia vencido a partida de ida, na Arena da Baixada,
pelo mesmo placar do confronto desta quarta-feira. Na ocasião, o Furacão
conseguiu o triunfo graças aos gols de Renan Lody e Roni.
Agora,
o Atlético-PR aguarda o duelo colombiano entre Junior Barranquilla e
Santa Fe para descobrir quem será seu adversário na grande final da
Sul-Americana. No jogo de ida, melhor para o Barranquilla, que, mesmo
jogando fora de casa, dominou os adversários e venceu por 2 a 0.
O jogo
– Logo aos quatro minutos de jogo o Atlético abriu o placar frustrando a
torcida do Fluminense. Marcelo Cirino cruzou, a zaga do Tricolor falhou
sem conseguir cortar e Nikão escorou para o fundo da rede. Os
torcedores anfitriões, que ainda entravam no estádio, ficaram calados e o
que se ouvia era o coro da torcida visitante.
O Fluminense demorou muito tempo para se reerguer e só conseguiu
assustar aos 17 minutos, quando Luciano recebeu na área e chutou sobre o
gol. O próprio atacante, três minutos depois, isolou a bola estando
dentro da grande área. Foi a senha para as primeiras vaias serem ouvidas
no Maracanã com os pedidos de “Everaldo”.
Entendendo o momento
do jogo, o Atlético passou a congestionar o meio-de-campo e forçar os
erros do Fluminense, mas não aproveitava a situação para criar
contra-ataques. Enquanto isso os tricolores, nervosos em campo, tentavam
“cavar” faltas e pênaltis, mas não iludiam o árbitro chileno Julio
Bascuñan. O técnico Marcelo Oliveira então resolveu abrir mão do esquema
com três zagueiros aos 27 minutos e tirou Paulo Ricardo. Porém, não
colocou Everaldo em campo e sim o lateral-direito Léo, o que provocou
mais vaias. Jadson, que havia começado a partida na ala, voltou a ser
volante.
Aos 30 minutos o Atlético-PR desperdiçou uma boa chance
de ampliar. Renan Lordi fez grande jogada pela esquerda e cruzou para
Marcelo Cirino, de primeira, chutar sobre o gol. Nos minutos finais o
que se viu foi uma troca de passes do FGuracão diante de um apático
Tricolor, que foi para o intervalo sob vaias.
Na volta para o
segundo tempo o Atlético voltou recuado e o Fluminense encontrando as
mesmas dificuldades de penetração. Porém, mesmo assim, assustou aos seis
minutos, quando Luciano foi lançado entre os zagueiros e deslocou o
goleiro, mas Thiago Heleno evitou o gol.
O que poderia piorar a
situação do Fluminense, o segundo gol do Furacão, aconteceu aos nove
minutos em um contra-ataque mortal. Nikão avançou com a bola dominada e
acionou Marcelo Cirino que, na área, cruzou para Bruno Guimarães, como
elemento-surpresa, escorar para o fundo da rede.
A partir daí o
que se viu foram focos de tumulto na arquibancada e vaias. Em campo
Fluminense buscava o gol de forma desorganizada, como em chutes de fora
da área de Richard, controlados por Santos sme grande dificuldade. Além
disso, o time carioca ainda sofria alguns sustos, como em chute de Nikão
aos 28 minutos, que fez a bola bater na rede, mas pelo lado de fora.
Nos
minutos finais o presidente do Fluminense, Pedro Abad, teve que deixar
um dos camarotes por estar sendo hostilizado por torcedores. Melhor para
ele, que não viu o Furacão tocar a bola sem ser incomodado e
administrar a vantagem até o apito final.
Agora o Fluminense
tenta a sua permanência na Primeira Divisão do Campeonato Brasileiro no
domingo, quando recebe o América às 17h (de Brasília), também no
Maracanã, pela última rodada. Um empate basta ao Tricolor carioca.
Um
dia antes, neste mesmo palco, só que às 19h (de Brasília), o
Atlético-PR visita o Flamengo ainda sonhando com uma vaga na Copa
Libertadores. Para isso o Furacão, que soma 54 pontos, precisa ganhar e
torcer por um tropeço do Atlético, que tem dois pontos a mais que recebe
o Botafogo no estádio Independência, em Belo Horizonte (MG). O Galo
fecha o G-6, a zona de classificação para o torneio continental.
FLUMINENSE 0 x 2 ATLÉTICO-PR
Fluminense
Júlio César, Paulo Ricardo (Léo), Gum
(Dodi) e Digão; Jadson, Richard, Junior Sornoza, Marco Júnior (Everaldo)
e Ayrton Lucas; Júnior Dutra e Luciano
Técnico: Marcelo Oliveira
Atlético-PR
Santos,
Jonathan, Léo Pereira, Thiago Heleno e Renan Lodi; Bruno Guimarães,
Lucho González (Wellington) e Raphael Veiga (Marcinho); Marcelo Cirino
(Roni), Nikão e Pablo
Técnico: Tiago Nunes
Gols: Nikão aos 4 minutos do 1º Tempo e Bruno Guimarães aos 9 minutos do 2º Tempo (Atlético-PR)
Cartões amarelos: Gum (Fluminense)
Renda: R$ 1.286.580,00
Público: 37.208 pagantes
Local: Maracanã, Rio de Janeiro (RJ)
Data: 28 de novembro de 2018 (quarta-feira)
Horário: 21h45 (de Brasília)
Árbitro: Julio Bascuñan (Chile)
Assistentes: Christian Schiemann (Chile) e José Retamal (Chile)
(por: Gazeta Press)
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