CADEIA
© Valter Campanato / Agência Brasil
Luiz Fernando Pezão (MDB) é o
quarto governador do Rio de Janeiro preso, e o primeiro detido durante o
exercício do cargo na história recente do Rio. Antes dele, foram presos
Sérgio Cabral, Rosinha Garotinho e Anthony Garotinho -Sérgio Cabral em
decorrência de investigações da Lava Jato e o casal Garotinho por
investigações da Justiça Eleitoral.
Desde 1999, quando Garotinho assumiu mandato como governador, apenas
Benedita da Silva (PT) pisou no Palácio das Laranjeiras sem,
posteriormente, pisar em alguma carceragem (vice de Garotinho, ela foi
governadora em 2002 e 2003, quando ele renunciou para se candidatar à
Presidência).
Pezão foi preso na quinta-feira (29) no Palácio das Laranjeiras sob a
acusação de corrupção. O Ministério Público Federal do Rio de Janeiro,
munido da delação de Carlos Miranda, ex-operador financeiro de subornos
de Sérgio Cabral, acusa Pezão de se beneficiar de esquema pelo qual
teria recebido vantagens ilícitas.
Outro governador já foi preso
durante o exercício do cargo. José Roberto Arruda, ex-governador do
Distrito Federal, foi preso preventivamente em fevereiro de 2010. No
entanto, ele não foi retirado da sede do governo pela polícia; Arruda se
entregou espontaneamente a sede da PF. José Roberto Arruda foi preso
sob a acusação de ter participado de esquema de propina na obra do
estádio Mané Garrincha. Em março de 2010, teve seu mandato como
governador cassado. Segue detido, após duas condenações.
GOVERNADORES DO RJ QUE JÁ FORAM PRESOS
Luiz Fernando Pezão (abr.2014-)
Preso durante exercício do cargo, em 29 de novembro de 2018, em investigações da Lava Jato.
Sérgio Cabral (jan.2007-abr.2014)
Preso em 17 de novembro de 2016 e condenado pela primeira vez em junho de 2017, no âmbito da Lava Jato.
Rosinha Garotinho (jan.2003-jan.2007)
Presa
preventivamente, ao lado do marido Anthony, em novembro de 2016, sob a
acusação de ter cometido crimes eleitorais. Foi solta no mesmo mês.
Anthony Garotinho (jan.1999-abr.2002)
Preso
preventivamente em novembro de 2016, sob a acusação de ter cometido
crimes eleitorais e solto no mesmo mês. Voltou a ser preso em setembro e
novembro de 2017.
(Folhapress)
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