PARCERIA
General Mourão foi eleito vice-presidente do país na chapa com Jair Bolsonaro
O vice-presidente eleito, general Hamilton Mourão (PRTB), afirmou
nesta sexta-feira, 23, durante o painel Brasil de Ideias, promovido pela
Revista Voto, que pretende ser “o escudo e a espada de Bolsonaro”,
destacando a importância do papel do vice no atual cenário político.
“Não vamos receber ninguém na garagem à meia-noite, podem ter certeza
disso aí”, disse, em alusão a um dos trechos da conversa entre o
presidente Michel Temer e o empresário Joesley Batista, da JBS,
recuperados pela Polícia Federal.
Mourão afirmou ainda que pretende cortar mais da metade dos cargos
disponíveis na Vice-Presidência. “A determinação do presidente é de que
esta racionalização atinja todos os setores”, explicou.
Segundo o vide-presidente, o novo governo será norteado pelo sistema
democrático, rechaçando qualquer possibilidade de haver uma intervenção
militar avalizada pelo Palácio do Planalto. “Ninguém tem dúvida de que a
democracia liberal é o grande sistema capaz de levar as nações ao
progresso”, reafirmou. “A democracia liberal enfrenta desafios como a
nossa, com mais de 200 milhões de habitantes com suas demandas sociais e
necessidades. Nós temos que buscar solucionar tudo aquilo que nos
aflige.”
Mourão também comentou o ruído gerado na composição do novo governo,
no caso do indicado ao Ministério da Economia, Paulo Guedes, ter
desautorizado a fala do ministro extraordinário da Transição e futuro
chefe da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, sobre a reforma da Previdência.
“Ministro não controla ministro, ambos estão no mesmo nível. Eu sempre
cito o exemplo do quartel, onde o comandante da 1ª companhia não dá
ordens para o comandante da 2ª companhia, pois se equivalem”, disse.
Sobre as estratégias do novo governo, o general endossou a defesa de
Paulo Guedes a um novo pacto federativo com “menos Brasília e mais
Brasil” e a retomada de protagonismo do Congresso. “Nós queremos ter uma
relação estreita com o Poder Legislativo, pois ele é o grande
fiscalizador do Executivo”, afirmou o vice-presidente eleito. “Vamos
devolver a ele a sua grande atribuição de efetivamente montar o
orçamento. Das grandes ideias que nós temos uma delas é desvincular tudo
no orçamento da União e entregar este pacote na mão dos nossos
representantes no Congresso.”
(Agência Estado)
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