domingo, 25 de novembro de 2018

Barco potiguar atacado em alto mar chega a Natal

RETORNO
 O barco pesqueiro Oceano Pesca 1, chegou a Natal por volta das 3h da manhã após ser atacado por uma embarcação chinesa em águas internacionais
 O barco pesqueiro Oceano Pesca 1, chegou a Natal por volta das 3h da manhã após ser atacado por uma embarcação chinesa em águas internacionais 

O barco pesqueiro potiguar Oceano Pesca 1 atracou às 3h deste domingo (25) no Porto de Natal para passar por inquérito dos técnicos da Capitania dos Portos após suposto ataque de uma embarcação chinesa, cujo nome, segundo a tripulação, é Chang Rong.

Proprietário do barco, Éverton Padilha está acompanhando todo o procedimento de inquérito. Segundo ele, o prejuízo estimado é de R$ 500 mil, somando o dano material e o que o barco deixou de pescar.

“Sabemos, infelizmente que não serei ressarcido. Mas o que a gente quer é que de alguma forma a diplomacia brasileira e os órgãos internacionais relativos à pesca do atum intercedam nessa questão. Não pode haver novos ataques. Quem fizer isso tem que ser punido ou até banido”, reclama Éverton. 


“Felizmente toda a tripulação voltou pra terra, estão todos bem, 10 pais de família. Mas se nada for feito, no futuro, quando eles forem para o mar novamente, pode ser que não voltem”. Toda a tripulação de 10 pescadores está prestando depoimentos.

 Marcas do ataque dos chineses no casco do barco
 Marcas do ataque dos chineses no casco do barco 

O barco retornou à terra antes da metade do fim da pescaria e com um terço do previsto de pescado - 4 toneladas, quando normalmente o previsto seria 12 toneladas. O Oceano Pesca 1 é um dos barcos mais novos da frota de atum de Natal e tem quatro anos.

“Nossos barcos fazem uma pesca por mês. A próxima saída seria no dia 10 de dezembro, mas tendo em vista os danos, esse barco não poderá ir. Teremos que levá-lo para um estaleiro, ou em Areia Branca, Fortaleza ou Belém, porque Natal não dispõe de um”, comenta Éverton. “Nunca teve nenhum ataque dessa proporção no Brasil. Mês passado os chineses já foram vistos dentro da nossa jurisdição, o que é proibido, e tentaram amedrontar alguns barcos. Agora ir para as vias de fato, fazer um ataque, é a primeira vez que um caso desse é registrado no país”


(TN)

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