Jefferson encerrou a carreira - Alexandre Brum / Agencia O Dia
Rio - Gratidão. Esse foi o sentimento do torcedor
alvinegro na despedida de um ídolo. Jefferson, que vestiu a camisa do
Botafogo 459 vezes, não fez uma defesa espetacular no adeus oficial, mas
a vitória de 2 a 1 sobre o Paraná, com dois gols de Erik, foi dedicada
em homenagem ao goleiro, símbolo de liderança e da paixão de uma geração
de alvinegros.
O gol de cabeça de Erik, após o cruzamento de Moisés,
logo aos seis minutos, causou a impressão de que o Botafogo atropelaria o
já rebaixado Paraná no Nilton Santos. Mas, em dia de festa, o Glorioso
escolheu evitar a fadiga e pouco se esforçou para aumentar a vantagem no
primeiro tempo.
Convidada ilustre para a despedida de Jefferson, o
torcedor entrou no clima de homenagem ao ídolo. Com posteres, faixas,
bandeiras, camisas e muitos gritos exaltando o goleiro, mostrou gratidão
pelos serviços prestados em 459 jogos com a gloriosa camisa do
Botafogo.
A cada recuo de bola ou defesa de Jefferson, a
arquibancada explodia de euforia. Conhecido pela liderança e frieza em
campo, o goleiro, de 35 anos, tentou controlar a emoção. No entanto, as
lágrimas não resistiram a surpresa com a ilustre presença da mãe, dona
Sônia. Pela primeira vez no estádio, ela reforçou a torcida ao lado da
esposa, Michele, e das filhas, Débora, Jessica e Nicole.
Que noite, Jefferson! Mas faltava a confirmação da
vitória para encerrar essa bonita história com chave de ouro. Leo
Valencia teve no pé direito, após o boa jogada de Luiz Fernando e
corta-luz de Brenner, mas parou na defesa de Richard. Pouco depois, aos
18 minutos, Alex Santana acertou um chute daqueles que nem Jefferson, em
dia de festa, defenderia: colocado no ângulo direito.
A noite de despedida de Jefferson e do Botafogo no
Nilton Santos em 2018 não poderia terminar dessa maneira. Zé Ricardo fez
a alegria do torcedor com a entrada de João Paulo, oito meses depois de
sofrer uma fratura na perna direita.
O empate parcial incomodou. Mais disposto, o Glorioso
voltou a chegar com perigo na frente e, aos 29, com Erik, novamente. O
cruzamento de Moisés passou por Brenner, em posição de impedimento, mas
não pelo camisa 11.
(Por
O Dia)
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