sábado, 2 de março de 2019

Há 39 anos, Lula era liberado pela ditadura para ir a enterro de mãe. Diretor do Dops, Romeu Tuma, autorizou que então sindicalista acompanhasse enterro de Dona Lindu, em São Caetano do Sul

EM 1980
 
 Luiz Inácio Lula da Silva no velório de Dona Lindu - 12/05/1980 (Arquivo/Agência O Globo)

Em 1980, durante a ditadura militar no Brasil, o então operário Luiz Inácio Lula da Silva foi autorizado pelo diretor-geral do Departamento de Ordem Política e Social (Dops), Romeu Tuma, a comparecer ao velório de sua mãe, Eurídice Ferreira, conhecida como Dona Lindu.

Dona Lindu morreu no dia 12 de maio de 1980, por volta das 11h30. Na ocasião, Lula estava preso há 24 dias, por liderar uma greve no ABC paulista. O ex-presidente ficou preso por 32 dias. O velório ocorreu na capela do Hospital da Benificencia Portuguesa em São Caetano do Sul. Lula retornou para o Dops no fim da noite, mas, no dia seguinte, retornou para a missa de corpo presente de sua mãe.

Segundo a jornalista Denise Paraná, autora do livro A História de Lula – O Filho do Brasil, obra que inspirou o filme Lula, O Filho do Brasil, centenas de trabalhadores disputaram espaço no cemitério da Vila Pauliceia.

Quase quatro décadas depois, a juíza federal Carolina Lebbos, responsável pela execução da pena do petista, decidiu autorizá-lo a comparecer ao velório do neto Arthur Araújo Lula da Silva, de 7 anos, que faleceu na manhã desta sexta-feira, 1º, vítima de meningite.


(por:André Siqueira/Veja.com.br)

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