O governador do Rio Grande do Norte,
Robinson Mesquita de Faria (PSD), foi denunciado pelo procuradoria-geral
da República (PGR) nesta segunda-feira (18), com base no processo que
apurou desvio de recursos na Assembleia Legislativa do Estado. A
denúncia está no gabinete do ministro Raul Araújo, do Superior Tribunal
de Justiça, que vai decidir se acata ou não. A informação foi confirmada
pelo STJ.
Junto com Robinson, foram denunciados os servidores Magaly Cristina da
Silva e Adelson Freitas dos Reis, assessores de confiança do governador,
presos por uma operação da Polícia Federal no dia 15 de agosto. O
governador também foi alvo de mandados de busca e apreensão.
O advogado José Luis Oliveira Lima, que representa o governador foi
procurado pelo G1 e afirmou que só irá se manifestar após ter acesso à
denúncia.
A operação Anteros apurou “manobras ilegais” por parte de Robinson Faria
e de servidores do governo potiguar para impedir investigações sobre os
desvios na AL.
Os dois são suspeitos de tentar comprar o silêncio da ex-procuradora da
AL Rita das Mercês a mando do governador. O objetivo seria impedir que a
ex-procuradora firmasse acordo de delação premiada com o Ministério
Público para denunciar os desvios de recursos na AL, mas a
ex-procuradora não cedeu e firmou acordo de delação com o MPF.
Delação
Na delação, Rita das Mercês afirmou que o governador Robinson Faria
(PSD) embolsou cerca de R$ 100 mil por mês, entre 2006 e 2010, através
da contratação de servidores fantasmas na AL. Robinson começou a
presidir a Assembleia em 2003. De acordo com a delatora, a partir de
2006 ele passou a determinar a inclusão, na folha de pagamento, de
pessoas que “não exerciam quaisquer funções no órgão, com o único
objetivo de desviar recursos públicos oriundos de suas remunerações em
favor do presidente e de outras pessoas”.
(por G1 RN)
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