segunda-feira, 5 de fevereiro de 2018

Lula ataca Cármen Lúcia diante de forte possibilidade de prisão do petista

BRASIL, POLÍTICA
 

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O ex-presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva e a atual presidente do Supremo Tribunal Federal, ministra Cármen Lúcia, se estranham.

A situação criminal do ex-presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva (PT) se complica a cada dia mais e passa a depender tão unicamente de uma solução proveniente da mais alta Corte de Justiça do Poder Judiciário brasileiro, o Supremo Tribunal Federal (STF). Com a condenação em primeira instância, cuja sentença foi proferida pelo juiz Sérgio Moro, ao determinar que o ex-mandatário petista fosse condenado a quase dez anos de prisão por lavagem de dinheiro e corrupção passiva, que são penas para crimes de colarinho branco somados, a sentença mais dura foi confirmada pelo Tribunal de segunda instância, o Tribunal Regional Federal da Quarta Região (TRF4), de Porto Alegre, no estado do Rio Grande do Sul.

Naquela ocasião, cujo julgamento foi decidido pelos votos unânimes de três de desembargadores federais, a pena aplicada ao ex-presidente Lula foi totalizada em 12 anos e um mês de prisão em regime fechado. As acusações que pesaram contra o petista ocorreram no âmbito da maior operação anticorrupção em toda a história contemporânea do Brasil e uma das maiores já desencadeadas em todo o mundo, a Operação Lava Jato da Polícia Federal.

As ações no Paraná em primeira instância são julgadas pelo juiz Sérgio Moro, a partir da 13ª Vara Criminal da Justiça Federal de Curitiba.

Novo embate com a presidente do Supremo

Entretanto, após julgados os recursos denominados de embargos de declaração no Tribunal Regional Federal da Quarta Região (TRF4), torna-se cada vez mais iminente a possibilidade de que seja decretada a prisão do ex-presidente petista, conforme a decisão proferida na própria Corte de Apelação ou Tribunal de segunda instância.

Além disso, a defesa do ex-mandatário vem sofrendo derrotas sucessivas em Cortes superiores, como, por exemplo, a rejeição de um habeas corpus preventivo para que não venha a ser preso, no Superior Tribunal de Justiça (STJ).

As esperanças de Lula ficaram somente dirigidas ao Supremo Tribunal Federal (STF). Porém, o clima de animosidade entre a Corte e a defesa de Lula passou a se tornar algo muito visível. Recentemente, a presidente do Supremo, ministra Cármen Lúcia, foi enfática, ao afirmar que rever a prisão em segunda instância, de modo que pudesse mudar a atual jurisprudência, seria algo que ‘’apequena’’ o Supremo Tribunal Federal, em alusão ao caso de condenação envolvendo o ex-presidente Lula.

A resposta da defesa do petista veio em um forte tom de confronto para com o Poder Judiciário brasileiro, principalmente, com críticas dirigidas à presidente da Corte. A defesa de Lula se manifestou a respeito das palavras da ministra Cármen Lúcia, ao argumentar que ao contrário do que havia afirmado a magistrada, rever prisão em segunda instância, não apequena, mas, sim, engrandece o Supremo Tribunal Federal.

Ao mencionar alguns ministros da Corte, como, por exemplo, Gilmar Mendes, a defesa do petista afirmou ainda que, durante o período em que a Suprema Corte decidiu favoravelmente à manutenção da aplicação da possibilidade de prisão, após esgotados os recursos em segunda instância, o plenário do STF, teria se rendido ao clamor popular por punição e pela subversão da ordem constitucional, o que pode caracterizar que a defesa se vê a cada dia com poucos passos a serem dados para que possa conseguir que Lula não seja preso, ao restar a esperança em alguns dos ministros do Supremo.

Via: blastingnews e newsatual.com

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