A pesquisa Datafolha divulgada ontem mostrou que, caso o
ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) não possa entrar na
corrida presidencial, mais de 30% dos votos seriam brancos, nulos ou
ausentes. Em um cenário com sua participação, esses números caem para
17%.
Condenado em segunda instância no Tribunal Regional
Federal da 4ª Região a 12 anos e um mês de prisão por corrupção passiva e
lavagem de dinheiro, o petista manteve vantagem sobre os rivais, com
até 37% das intenções de voto, segundo o levantamento.
Diante da liderança na pesquisa, o PT decidiu marcar
para a semana que vem o lançamento da pré-candidatura de Lula. O ato
deve ocorrer na próxima quarta-feira, em Minas Gerais. "Mesmo condenado
por julgadores injustos e massacrado pelas manchetes e editoriais, Lula
não perdeu um só voto", manifestou o partido, em nota.
A condenação de Lula pode torná-lo inelegível pela Lei
da Ficha Limpa, mas sua participação na campanha depende de uma decisão
do Tribunal Superior Eleitoral que só deve ocorrer em setembro. Até lá,
ele pode se apresentar como pré-candidato e recorrer a tribunais
superiores para garantir seu nome na disputa.
Já o deputado Jair Bolsonaro (PSC) continua ocupando o
segundo lugar no Datafolha em disputa com Lula, e a liderança das
intenções de voto em uma conjuntura sem o petista. Entretanto, o
político oscilou negativamente em todos os quadros apresentados na
pesquisa.
A saída de Lula também impulsionaria as candidaturas de
Marina Silva (Rede) e Ciro Gomes (PDT). Já Luciano Huck reestreou na
pesquisa empatado com Geraldo Alckmin (PSDB).
'Às vezes, as pessoas não vão com a minha cara'
Temer em evento do pré-sal - Valter Campanato/Agência Brasil
O presidente Michel Temer (MDB) atribuiu ontem, em
entrevista à Rádio Metrópole de Salvador, parte da rejeição ao seu
governo ao fato de que algumas pessoas "não vão com a sua cara".
"Às
vezes, as pessoas não vão com a minha cara. Dizem 'não vou com a cara
desse Temer'. Não tem problema. O problema é analisar de maneira fria o
que está sendo feito no meu governo. Nós pegamos uma recessão medonha,
uma recessão extraordinária. O país estava à beira do colapso. E nós
estamos recuperando, pouco a pouco", disse o presidente.
Temer
voltou a afirmar que não tolerará denúncias e acusações contra ele.
"Estou combatendo isso. São acusações falsas. As pessoas que disseram
isso estão na cadeia ou desmoralizadas."
(Por
O Dia)
Nenhum comentário:
Postar um comentário