quinta-feira, 1 de fevereiro de 2018

Sem Lula, um a cada três está indeciso. Segundo Datafolha, petista ainda lidera corrida presidencial

CONTINUA LIDERANDO
 salada eleitoral

A pesquisa Datafolha divulgada ontem mostrou que, caso o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) não possa entrar na corrida presidencial, mais de 30% dos votos seriam brancos, nulos ou ausentes. Em um cenário com sua participação, esses números caem para 17%.

Condenado em segunda instância no Tribunal Regional Federal da 4ª Região a 12 anos e um mês de prisão por corrupção passiva e lavagem de dinheiro, o petista manteve vantagem sobre os rivais, com até 37% das intenções de voto, segundo o levantamento.

Diante da liderança na pesquisa, o PT decidiu marcar para a semana que vem o lançamento da pré-candidatura de Lula. O ato deve ocorrer na próxima quarta-feira, em Minas Gerais. "Mesmo condenado por julgadores injustos e massacrado pelas manchetes e editoriais, Lula não perdeu um só voto", manifestou o partido, em nota.

A condenação de Lula pode torná-lo inelegível pela Lei da Ficha Limpa, mas sua participação na campanha depende de uma decisão do Tribunal Superior Eleitoral que só deve ocorrer em setembro. Até lá, ele pode se apresentar como pré-candidato e recorrer a tribunais superiores para garantir seu nome na disputa.

Já o deputado Jair Bolsonaro (PSC) continua ocupando o segundo lugar no Datafolha em disputa com Lula, e a liderança das intenções de voto em uma conjuntura sem o petista. Entretanto, o político oscilou negativamente em todos os quadros apresentados na pesquisa.

A saída de Lula também impulsionaria as candidaturas de Marina Silva (Rede) e Ciro Gomes (PDT). Já Luciano Huck reestreou na pesquisa empatado com Geraldo Alckmin (PSDB).

'Às vezes, as pessoas não vão com a minha cara'

 
 Temer em evento do pré-sal - Valter Campanato/Agência Brasil

O presidente Michel Temer (MDB) atribuiu ontem, em entrevista à Rádio Metrópole de Salvador, parte da rejeição ao seu governo ao fato de que algumas pessoas "não vão com a sua cara".

"Às vezes, as pessoas não vão com a minha cara. Dizem 'não vou com a cara desse Temer'. Não tem problema. O problema é analisar de maneira fria o que está sendo feito no meu governo. Nós pegamos uma recessão medonha, uma recessão extraordinária. O país estava à beira do colapso. E nós estamos recuperando, pouco a pouco", disse o presidente.

Temer voltou a afirmar que não tolerará denúncias e acusações contra ele. "Estou combatendo isso. São acusações falsas. As pessoas que disseram isso estão na cadeia ou desmoralizadas."

(Por O Dia) 

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