GOVERNO
A greve dos caminhoneiros
provocou impactos na vida dos brasileiros e parece que estremeceu o
governo de Michel Temer (MDB). Enquanto o Planalto diz que a crise atual
pode unir o Congresso Nacional, parlamentares decretaram o fim
simbólico do governo Temer.
Em conversa com o UOL nessa terça-feira (29), o ministro da Secretaria
de Governo, Carlos Marun (MDB), responsável pela articulação política do
Planalto, disse que a crise pode, ao invés de separar, unir governo,
base aliada e até oposição para resolver o conflito com caminhoneiros.
"No lugar de separar, pode até unir. Unir forças políticas em torno de
algumas propostas que nós sabemos que são necessárias. [Ontem] senti
esse espírito", declarou.
Enquanto isso, outros deputados e senadores falaram que o Planalto não
será mais capaz de defender seus interesses no Congresso. A
impopularidade de Temer cresceu após o governo perder a credibilidade na
área economica.
No entanto, a possibilidade de uma intervenção militar não é vista como uma alternativa ao enfraquecimento de Temer.
O
senador Agripino Maia (DEM-RN) avalia que este é um governo frágil,
"que perdeu as condições de fazer as reformas e vai cumprir o tempo até o
final".
O deputado Júlio Delgado (PSB-MG), que faz oposição ao
Planalto, acredita que "o governo do Temer acabou, perdeu legitimidade,
credibilidade e acima de tudo respeito por parte da sociedade".
O
líder em exercício do PT na Câmara, o deputado Carlos Zarattini (SP)
afirmou que o governo Temer "já tornou a situação do Brasil pior do que a
Venezuela".
A Câmara do Deputados tem se mostrado apreensiva com a eventual tentativa de derrubada do presidente Michel Temer (MDB).
O medo é de que as manifestações que pedem por intervenção militar se
insifiquem se houver qualquer possibilidade de Temer deixar o governo.
(por Notícias Ao Minuto)
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