DISCUSSÃO
Juiz Herval Sampaio (Amarn) e delegada Paoulla Benevides (Adepol)
Quem acredita que delegados, juízes, policiais, promotores e
advogados têm posições firmadas entre flexibilizar ou não a venda de
armas no Brasil está bem longe de saber a pluralidade das opiniões dos
ocupantes desses cargos no Rio Grande do Norte. E isso ficou evidenciado
no Agora RN em Debate, quando representantes de todas essas classes
preferiram não antecipar posicionamentos que representem suas
categorias.
Um exemplo disso foi a Associação de Magistrados do
RN, representada no evento pelo seu presidente, o juiz estadual Herval
Sampaio. “Não posso me manifestar em nome dos juízes do RN. Semana
passada, inclusive, tivemos um debate entre dois colegas sobre o
assunto, trazendo elementos bastante complexos sobre essa discussão”,
contou o juiz.
Quem concorda com essa opinião é a delegada da
Polícia Civil Paoulla Maués, presidente da Associação de Delegados no
RN. “Os delegados de polícia não tem um posicionamento único sobre o
tema. Doutor Jaime Groff é firme em aceitar a flexibilização do
estatuto, enquanto outros, não”, avaliou ela, antecipando que, pelo que
vê na mídia, particularmente, tem receio da liberação das armas porque
isso pode transformar discussões de trânsito em uma ameaça de morte
quando alguém está armado.
Representando o Ministério Público do
RN no evento, o promotor Gláucio Pinto destacou que ainda não há uma
posição formada da Instituição quanto ao tema. “Eu, particularmente, sou
indeciso”, assumiu o promotor de Justiça.
Presidente da Ordem dos
Advogados no Brasil (OAB) no RN, Paulo Coutinho destacou que a
segurança pública não é só armas e armamentos. “Tem muito a ver com
educação, oportunidade e outros aspectos”, analisou.
(AgoraRN)
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