Ciro Gomes - Marcello Casal Jr./ABr
Brasília - Pré-candidato à Presidência pelo PDT, o
ex-governador do Ceará Ciro Gomes qualificou o seu adversário, o
deputado Jair Bolsonaro (PSL), de "uma ameaça ao País e chamou de
"boçal" a promessa do parlamentar de fazer uma equipe ministerial
composta, em sua metade, por generais.
"Tem um concorrente meu aí prometendo que vai botar
metade de seu governo de generais, na suposição imbecil - boçal que é -
de que general é capaz de entender de tudo melhor que a gente", criticou
o presidenciável.
Ciro, que participou nesta quarta-feira de um encontro
com a Associação Brasileira de Biogás e de Biometano (ABiogás),
respondia a uma pergunta sobre como pretende montar sua equipe
ministerial caso eleito. Ele disse que precisará ser "contemporizador
das contradições brasileiras" e que essa modulação depende do patamar de
votos com que chegaria à Presidência. Na "improbabilíssima"
possibilidade de vencer no primeiro turno, sua equipe ministerial teria
"excelência técnica muito maior que política", disse.
Já uma vitória no segundo turno significaria uma
composição maior, notou, salientando que negociação "não é loteamento de
cargos".
País por representar uma chance "aprofundamento terminal da crise
brasileira". "Para dar um exemplo: nos últimos dias, Bolsonaro - que já
apresentou projeto para punir obstrução de vias -, apoiou a manifestação
dos caminhoneiros. Três dias depois, quando o governo anunciou punições
aos grevistas, disse que revogaria elas caso eleito, e três dias depois
está retirando o apoio aos caminhoneiros. É esse o tipo de presidente
que queremos?", questionou. A reportagem está tentando entrar em contato
com a assessoria de Bolsonaro.
(Por
Estadão Conteúdo)
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