domingo, 17 de junho de 2018

Em jogo truncado, vitória da Croácia por 2 a 0 foi goleada. Goleiros não fizeram defesas difíceis e croatas aproveitaram as poucas chances sobre a Nigéria e lideram o Grupo D

COPA DO MUNDO DA RUSSIA
 
 Luka Modric comemora junto com seus companheiros de time o segundo gol da Croácia, marcado de pênalti, no eestádio Kaliningrad (Jamie Squire/FIFA/Getty Images)

Na partida mais truncada da Copa do Mundo da Rússia até aqui, a Croácia tem que comemorar muito pelos gols conseguidos na vitória por 2 a 0 sobre a Nigéria — praticamente em seus dois únicos avanços eficientes. Com os três pontos ganhos, assume a liderança do Grupo D, à frente de Argentina e Islândia (com um), que empataram mais cedo em um mau dia de Lionel Messi. Em confronto das duas forças da chave, a Croácia defende a ponta contra a Argentina no dia 21 de junho, às 15h. No dia seguinte, ao meio-dia, a Nigéria encara a Islândia.

O primeiro tempo foi jogado entre as intermediárias, espaço congestionado pelos meio-campistas, já que ambas as equipes atuaram com o mesmo esquema tático (4-2-3-1) e não buscaram jogadas pelas pontas. Os goleiros não praticaram defesas, no máximo interceptaram lançamentos — os chutes a gol foram todos por cima. A única bola que rumou para a meta entrou: aos 32 minutos, Mario Mandzukic completou de cabeça cobrança de escanteio e a bola desviou no zagueiro nigeriano Etebo. O gol poderia ter sido anotado para o centroavante da Juventus, da Itália, mas o árbitro brasileiro Sandro Meira Ricci considerou gol contra.

Após o intervalo, o panorama não mudou. O goleiro croata Subasic trabalhou pela primeira e única vez na partida aos 14 minutos, encaixando com tranquilidade um fraco cabeceio de Ighalo. Do outro lado, o jovem ‘guarda-redes’ nigeriano, Uzoho (de apenas 19 anos), teve poucas oportunidades de ter seu nível testado (joga na terceira divisão espanhola pelo La Coruña B). As finalizações foram para fora: de Rakitic, aos quatro, e Mandzukic, aos dezessete. Quando Perisic tentou outro chute, o desvio para escanteio originou o segundo gol: enquanto a bola subia, Ricci enxergou o agarrão de Ekong em Mandzukic. Pênalti.

Bola para o craque e capitão do time: Modric, camisa 10 também no Real Madrid, tirou o Uzoho da foto e decretou a ‘goleada’ croata aos 27 minutos. O meia foi eleito pela Fifa o craque desse fraco jogo onde, de fato, foi o mais lúcido. Para tentar o empate, a Nigéria apostou na entrada do atacante Iheanacho (do Leicester, da Inglaterra), expediente desde os amistosos de preparação, quando ele também não mudou o panorama.

Ponto alto

Sandro Meira Ricci e seus assistentes Marcelo Van Gasse e Emerson de Carvalho tiveram atuação discreta — o que, para a arbitragem, é elogio. Faltou creditarem o primeiro gol para Mandzukic para ser uma atuação perfeita.

Ponto baixo

Para uma seleção que já foi fenômeno do futebol africano (uma das sensações da Copa de 1994 e campeã olímpica de 1996), a Nigéria mostrou um futebol muito pobre. Candidatíssima a lanterna do Grupo D.

(Por Fernando Beagá/Placar)

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