domingo, 3 de junho de 2018

Os 40 anos de luta do movimento LGBT no Brasil

DIVERSIDADE
 J. Duran Machfee/Futura Press/Fo

Neste domingo (3) acontece a vigésima segunda edição da Parada do Orgulho LGBTde São Paulo. O evento, que todos os anos reúne centenas de milhares de pessoas na avenida Paulista, é uma das maiores celebrações da diversidade do mundo, competindo em quantidade de público com a Marcha do Orgulho de Nova York, o berço do movimento LGBT.

Neste ano, a Parada é especialmente simbólica por duas razões: o tema escolhido foi "Eleições" e com o mote "Poder para LGBTI . Nosso voto, nossa voz", o evento promete trazer o debate sobre representatividade na política para o desfile; e, neste ano, completa 40 anos que a luta por direitos LGBT no Brasil ganhou corpo.

"Em 2018, se completam 40 anos do começo da organização do movimento LGBT no Brasil, que se chamava movimento homossexual no início, em 1978, e vai se diversificando e ganhando esse contorno do movimento LGBT, com as várias identidades", afirma o advogado e militante de direitos humanos Renan Quinalha. Ainda que contabilizando avanços, discussões recentes foram levantadas com a decisão sobre "cura gay" de um juiz do Distrito Federal e a morte de Matheusa. "Isso mostra o quanto ainda é preciso fazer avançar o combate a LGBTfobia no Brasil", completa o ativista.

A primeira edição da Parada de São Paulo aconteceu em 1997, mas organização do movimento começou a tomar forma no País no final da década de 1970, inicialmente lutando pelos direitos de gays e lésbicas. À época, diversos movimentos sociais e grevistas ganharam força na luta pela redemocratização do País, que vivia, desde 1964, uma ditadura militar. Dentre as forças políticas que se engajaram nessa mobilização pelos direitos civis e pela cidadania, estava o então chamado "movimento homossexual", formado majoritariamente por homens gays.

(Por Leda Antunes, Portal Vermelho/Brasil247)

Nenhum comentário:

Postar um comentário