Trabalhadores da Reduc em manifestação no primeiro dia da greve dos petroleiros, no fim de maio; pediram a saída do então presidente da empresa, Pedro Parente - AFP PHOTO / Mauro PIMENTEL
Curitiba - O Conselho Deliberativo da Federação Única
dos Petroleiros (FUP) está reunido, em Curitiba, para definir os
próximos passos do movimento de greve, agora por tempo indeterminado.
Assim como os empregados da Eletrobras, a categoria também se viu obrigada a suspender uma greve de 72 horas no final de maio por força da Justiça,
depois que Tribunal Superior do Trabalho (TST) considerou a greve
abusiva e determinou multa diária de R$ 1 milhão em caso de
continuidade.
Em reunião na manhã desta terça-feira, a FUP alertou
que a greve deste ano, já aprovada em assembleias, pretende reproduzir a
paralisação de 1995, a maior greve da categoria, que durou cerca de um
mês e trouxe problemas ao abastecimento de combustíveis do país, além de
demissões e outras punições aos grevistas.
Na reunião desta terça, dirigentes da FUP ressaltaram
que a greve visa interromper o que eles classificam como "desmonte da
Petrobras", que tem um plano de US$ 21 bilhões de desinvestimentos.
Entre os ativos anunciados à venda estão quatro refinarias da estatal,
cujos trabalhadores poderão ser demitidos, segundo a FUP.
Entre outras palavras de ordem, os petroleiros
afirmaram na reunião que se houver greve de fato, param o Brasil, como
ocorreu recentemente na greve dos caminhoneiros.
(Com informações do Estadão Conteúdo)
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