ORIENTE MÉDIO
Carro destruído por bombardeio em Hudaida, Iêmen - 02/08/2018 (Abduljabbar Zeyad/Reuters)
Pelo menos 52 pessoas morreram e 102 ficaram feridas em um bombardeio
que atingiu um mercado de peixes e frutos do mar e a entrada de um
hospital em Hudaida, no Iêmen, informaram as autoridades locais nesta quinta-feira (2).
“Até o momento, contabilizamos 52 mortos e 102 feridos no mercado e
na entrada do hospital”, indicou o diretor do Departamento de Saúde da
cidade, Abdel Rahman Yaral, vinculado ao governo dos rebeldes houthis.
A emissora Al Masira, também controlada pelos houthis, afirmou,
citando como fonte o ministro de Saúde do governo rebelde, Taha al
Mutawakil, que o número de mortos é de 55 e o de feridos, 130.
Somente no mercado, foram registradas 17 mortes após o ataque com
dois projéteis. Outras 20 pessoas ficaram feridas no mesmo local.
A Cruz Vermelha informou no Twitter que está enviando material cirúrgico para atender os feridos nos ataques.
Em comunicado, o Comitê Supremo Revolucionário dos Houthis, órgão
executivo dos rebeldes que governam o Iêmen, acusou a coalizão liderada
pela Arábia Saudita pelo novo massacre.
“A realização desses massacres confirma a atuação terrorista da
aliança agressora americano-saudita e seus aliados no Iêmen. São crimes
de guerra”, indicaram os rebeldes na nota.
A cidade de Hudaida é controlada pelos rebeldes houthis, que lutam
contra a coalizão liderada pelos sauditas desde 2015, quando teve início
uma campanha de bombardeios contra o país. A aliança foi acusada em
várias oportunidades de atacar alvos civis.
As forças governamentais do Iêmen, com apoio saudita, lançaram em
junho uma ofensiva para recuperar o controle de Hudaida. A operação foi
interrompida no mês seguinte para abrir espaço para negociações de paz
com os rebeldes, mediadas pela ONU.
Hudaida está situada no litoral do Mar Vermelho e abriga o principal
porto do Iêmen. Quando a coalizão saudita iniciou sua ofensiva contra a
cidade, muito se falava sobre os riscos humanitários dos ataques.
Cerca de 8,4 milhões de iemenitas passam fome e, para a maior parte
deles, o porto é o único local onde podem obter suprimentos de comida.
(Com EFE)
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