
Conversa entre Donald Trump e Xi Jinping está marcada para o fim deste mês - AFP/Fred DUFOUR
Washington - A China pediu aos Estados Unidos (EUA) que
parem de enviar navios e aviões militares para a região de ilhas
reivindicadas por Pequim no sul do país. O pedido foi feito no período
que antecipa a conversa entre os presidentes Donald Trump e Xi Jinping,
prevista para o final deste mês. O governo norte-americano respondeu que
vai continuar "voando, navegando e operando sempre que a lei
internacional permitir".
A questão foi discutida em uma reunião em Washington
com diplomatas e chefes militares das duas potências. "Deixamos claro
para os Estados Unidos que eles devem parar de enviar seus navios e
aeronaves militares perto de ilhas e recifes chineses. Queremos impedir
ações que prejudiquem a autoridade chinesa e os interesses de
segurança", disse secretário de Estado chinês, Yang Jiechi.
Apesar das divergências, ambos os lados enfatizaram a
necessidade de diálogo diplomático para conter as tensões, que surgiram
em meio a disputa comercial entre as nações. "Os Estados Unidos não
estão seguindo uma política de contenção da Guerra Fria com a China. Em
vez disso, queremos garantir que a China aja de forma responsável e
justa, em apoio à segurança e prosperidade dos dois países", disse o
secretário de Estado norte-americano, Mike Pompeo, à imprensa após a
reunião diplomática.
O ministro da Defesa da China, Wei Fenghe, falou da
necessidade de melhorar a cooperação, inclusive entre as forças armadas
dos EUA e da China, para aliviar o risco de conflito entre as potências.
"A cooperação é a única opção para nós. Confronto e o conflito entre as
duas forças armadas seria um desastre para todos", disse Fenghe.
Por outro lado, o secretário da Defesa dos EUA, Jim
Mattis, afirmou os direitos do país à liberdade de navegação, mas
ponderou que os dois lados devem trabalhar juntos em áreas de interesse
comum. "Competição não significa hostilidade, nem deve levar a
conflitos", enfatizou Mattis.
No final de setembro, embarcações chinesas e
norte-americanas quase colidiram perto de um recife no sul do país. Na
ocasião, a marinha dos EUA considerou a manobra como "insegura e não
profissional". Pequim vem reivindicando a soberania na área. Fonte:
Associated Press.
(por:Estadão Conteúdo)
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