TRANSIÇÃO 1
Maurício Valeixo foi indicado para a direção geral da Polícia Federal (Vagner Rosário/VEJA.com)
O futuro ministro da Justiça e da Segurança Pública, Sergio Moro, anunciou nesta terça-feira, 20, o delegado Maurício Valeixo para a direção-geral da Polícia Federal no governo de Jair Bolsonaro (PSL). Atual superintendente da corporação no Paraná, ele substituirá Rogério Galloro no comando do órgão.
Moro também indicou a delegada Erika Mialik Marena para a chefia do Departamento de Recuperação de Ativos e Cooperação Jurídica Internacional do Ministério da Justiça.
Ambos fazem parte atualmente da equipe de transição, que conta também
com outros nomes da chamada “República de Curitiba” – grupo de
procuradores e delegados federais que ganharam notoriedade com a Lava
Jato -, como o delegado Rosalvo Ferreira Franco.
“Eu sempre falei que seria um tolo se não aproveitasse pessoas de
qualidade que trabalharam comigo”, disse o ex-juiz da Lava Jato e futuro
ministro ao anunciar os primeiros nomes da sua equipe.
Amigo de longa data de Moro, Valeixo é atualmente responsável pelas ações da Lava Jato em Curitiba. Ele
já atuou em Brasília, na gestão do ex-diretor-geral Leandro Daiello,
quando chefiou a Diretoria de Combate ao Crime Organizado (Dicor).
Erika Marena participou do início das investigações da Lava Jato –
ela chefiou a operação em um posto de combustíveis que deu nome à
operação – e foi a responsável por outra operação, a Ouvidos Moucos, que
ficou marcada pelo suicídio do reitor da Universidade Federal de Santa
Catarina, Luiz Carlos Cancellier de Olivo, três meses depois de ter sido
preso pela PF.
Entre outros nomes que atuaram com Moro na Lava Jato em Curitiba, Flavia Blanco, secretária da 13ª Vara Federal de Curitiba, deverá ser a chefe de gabinete do futuro ministro. O delegado Igor Romário de Paula deverá chefiar a Dicor.
No domingo 18, a coluna Radar, de VEJA, informou que o procurador da República Deltan Dallagnol,
coordenador da força-tarefa da Lava Jato no Paraná, é o preferido de
Moro para substituir Raquel Dodge como procurador-geral da República.
(Com Reuters)
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