JUSTIÇA
O senador Aécio (PSDB-MG), que será investigado em inquérito sobre Furnas (Cristiano Mariz/VEJA)
A 2ª Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu nesta terça-feira, 20, desarquivar o inquérito que trata das investigações sobre a participação do senador Aécio Neves
(PSDB-MG) em um esquema de corrupção passiva e lavagem de dinheiro em
Furnas, subsidiária da Eletrobras em Minas Gerais. A Procuradoria-Geral
da República (PGR) terá 60 dias para concluir a apuração e se manifestar
sobre o arquivamento da investigação.
Os ministros julgaram um recurso da própria PGR contra decisão
individual do ministro do STF Gilmar Mendes, que determinou o
arquivamento da investigação. A iniciativa divergiu do entendimento da
Procuradoria, que pediu a remessa do inquérito para a Justiça Federal do
Rio de Janeiro.
O julgamento do recurso da PGR começou em setembro passado, quando
houve um empate em 2 a 2 na votação, que foi suspensa por um pedido de
vista de Ricardo Lewandowski. Ao retomar o caso nesta tarde, o ministro
votou para que os autos sejam encaminhados à Procuradoria.
Na sessão anterior, os ministros Gilmar Mendes e Dias Toffoli
manifestaram-se pelo arquivamento, enquanto Edson Fachin e Celso de
Mello votaram pelo envio do processo para a primeira instância da
Justiça Federal, no Rio de Janeiro, como defendeu a PGR.
Ao determinar o arquivamento, Gilmar Mendes levou em conta um
relatório da Polícia Federal que concluiu pela falta de provas da
participação de Aécio no suposto esquema de corrupção na estatal do
setor elétrico.
De acordo com o delegado responsável
pelo caso, após a tomada de depoimentos de políticos de oposição e
delatores, foi possível concluir que “inexistem elementos que apontem
para o envolvimento” do senador. “A partir do conteúdo das oitivas
realizadas e nas demais provas carreadas para os autos, cumpre dizer que
não é possível atestar que Aécio Neves da Cunha realizou as condutas
criminosas que lhe são imputadas”, diz o relatório da PF.
A investigação foi aberta em 2016, a pedido do então procurador-geral
da República, Rodrigo Janot, para apurar o suposto cometimento dos
crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro.
(Por
Agência Brasil)
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