(Ueslei Marcelino/Reuters)
Onyx Lorenzoni (Casa Civil)
Onyx Lorenzoni será ministro extraordinário para a transição e futuro chefe da Casa Civil (Valter Campanato/Agência Brasil)
Em seu quarto mandato como deputado federal, o veterinário Onyx Lorenzoni (DEM-RS) será o braço-direito de Bolsonaro, ocupando o cargo de ministro-chefe da Casa Civil, responsável pela
supervisão das demais pastas e pela articulação política com o
Legislativo. Com 64 anos, ele foi o segundo candidato à Câmara dos
Deputados mais votado no Rio Grande do Sul. Onyx tem sido uma das vozes
mais atuantes na transição, nomeado ministro extraordinário.
O futuro chefe da Casa Civil foi o principal articulador de Bolsonaro
junto ao Congresso durante a campanha presidencial e deve ser o
encarregado de formar a base aliada do futuro governo. Ele foi citado em
deleção premiada da JBS e admitiu ter recebido 100.000 reais da empresa
por meio de caixa dois em 2014.
Paulo Guedes (Economia)
Paulo Guedes deverá comandar um superministério da Economia a partir de 2019 (Daniel Ramalho/AFP)
O economista Paulo Guedes, 68 anos, foi escolhido
para comandar o superministério da Economia, que, no governo Bolsonaro,
reunirá Fazenda, Planejamento e Indústria e Comércio. Durante a campanha
eleitoral, ele foi chamado de”Posto Ipiranga” pelo então presidenciável
– uma referência à propaganda do posto de combustíveis em que todas as
respostas são encontradas no local. O futuro ministro, mestre e Ph.D
pela Universidade de Chicago, é um defensor do liberalismo econômico e
da menor participação possível do Estado na economia.
Sergio Moro (Justiça e Segurança Pública)
Sergio Moro, conhecido pela Operação Lava Jato, comandará Ministério da Justiça e Segurança Pública (Reprodução/TV Globo)
Ex-juiz federal, Sergio Moro,
assumirá o Ministério da Justiça incorporando a atual pasta da
Segurança Pública e o Conselho de Controle de Atividades Financeiras
(Coaf), que hoje é ligado ao Ministério da Fazenda. Ele será responsável
pela Polícia Federal, pelo Departamento Penitenciário Nacional e pela
Secretaria Nacional de Segurança Pública, entre outros. Graduado em
direito pela Universidade Estadual de Maringá, é mestre e doutor pela
Universidade Federal do Paraná.
Moro ganhou notoriedade ao condenar à prisão o ex-presidente Luiz
Inácio Lula da Silva (PT) por corrupção passiva e lavagem de dinheiro no
caso do tríplex do Guarujá. O ex-juiz formalizou o seu pedido de
exoneração concedido pelo presidente do TRF-4 Thompson Flores.
Tereza Cristina (Agricultura)
A
deputada federal Tereza Cristina, líder da bancada ruralista na Câmara e
futura ministra da Agricultura (Adriano Machado/Reuters)
Deputada federal, Tereza Cristina (DEM-MS)
foi indicada pela Frente Parlamentar da Agropecuária – FPA para o cargo
de ministra da Agricultura. Ela é formada em engenharia agronômica pela
Universidade Federal de Viçosa, em Minas Gerais, e é a atual líder da
bancada ruralista no Congresso Nacional. Em Mato Grosso do Sul, foi secretária de Desenvolvimento
Agrário, Produção, Indústria, Comércio e Turismo entre 2007 e 2014, nos
governos de André Puccinelli (MDB). Também é a primeira mulher a ser
nomeada em um cargo de alto escalão no governo de Bolsonaro.
Marcos Pontes (Ciência e Tecnologia)
Marcos Pontes, primeiro astronauta brasileiro a ir ao espaço, será ministro de Ciência e Tecnologia (//Divulgação)
Marcos Pontes
(PSL), o primeiro astronauta brasileiro e sul-americano a ir ao espaço,
foi tenente-coronel da Força Aérea Brasileira (FAB). Suplente do
senador Major Olímpio (PSL), foi escolhido pelo presidente eleito Jair
Bolsonaro para comandar a pasta da Ciência e Tecnologia. Graduado em
engenharia aeronáutica pelo Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA),
Pontes já foi embaixador das Nações Unidas para o desenvolvimento
industrial.
General Augusto Heleno (Gabinete de Segurança Institucional)
O general Augusto Heleno, oficial da reserva, assumirá o Gabinete de Segurança Institucional (Bruno Rocha /Fotoarena/Folhapress)
Augusto Heleno Ribeiro Pereira (PRB),
oficial da reserva, 71 anos, mesmo cotado para ser ministro da Defesa,
assumirá o Gabinete de Segurança Institucional (CGI) pela proximidade ao
presidente eleito. Heleno foi comandante militar da Amazônia, chefe do
Departamento de Ciência e Tecnologia e é um dos nomes de confiança da
equipe de Bolsonaro. As principais funções do futuro ministro do CGI
serão zelar pela segurança pessoal do presidente da República e pelo
setor de inteligência, além de prevenir crises governamentais.
General Fernando Azevedo e Silva (Defesa)
O general da reserva Fernando Azevedo e Silva, assessor do ministro Dias Toffoli, presidente do STF (Mauro Pimentel/Folhapress)
Fernando Azevedo e Silva
foi chefe do Estado-Maior do Exército e comandará o Ministério da
Defesa. Desde setembro, Silva ocupa o cargo de assessor especial do
ministro Dias Toffoli, presidente do Supremo Tribunal Federal (STF). O
general da reserva tem uma extenso currículo dentro das Forças Armadas,
incluindo o cargo de comandante militar do Leste e a liderança de
tropas em missão no Haiti. Também foi chefe da Autoridade Pública
Olímpica dos Jogos Olímpicos do Rio-2016, indicado pela então presidente
Dilma Rousseff (PT). Formou-se pela Academia Militar das Agulhas
Negras em 1976, um ano antes do presidente eleito Jair Bolsonaro.
Ernesto Araújo (Relações Exteriores)
Ernesto Araújo, de 51 anos, é diplomata (//Divulgação)
Ernesto Henrique Fraga Araújo foi anunciado na
quarta-feira, 14, como ministro das Relações Exteriores. O diplomata
atua neste momento como diretor do Departamento de Estados Unidos,
Canadá e Assuntos Interamericanos do Itamaraty e, apesar de ter
alcançado a posição de embaixador (ministro de primeira classe) na
hierarquia do ministério, jamais conduziu uma embaixada brasileira.
Durante a campanha eleitoral, Araújo defendeu abertamente a candidatura
de Bolsonaro por meio de um blog na internet, no qual chamou o PT de
“partido terrorista”.
Wagner Rosário (Controladoria-Geral da União)
Wagner Rosário assumiu ministério no governo Temer (José Cruz/Agência Brasil)
Já no comando da pasta no governo de Michel Temer, Wagner Rosário será mantido na próxima gestão. Natural de Juiz de Fora (MG), tornou-se
o primeiro servidor de carreira da CGU a assumir o cargo de
secretário-executivo e ministro. Rosário é auditor fiscal, mas é formado
pela Academia Militar das Agulhas Negras e foi oficial do Exército.
Também é mestre em Combate à Corrupção e Estado de Direito pela
Universidade de Salamanca, na Espanha.
Luiz Henrique Mandetta (Saúde)
Deputado federal Luiz Henrique Mandetta (Facebook/Reprodução)
Deputado federal (DEM-MS) e médico ortopedista, Luiz Henrique Mandetta
comandará a pasta da saúde no governo de Jair Bolsonaro (PSL).
Ex-secretário da Saúde de Campo Grande, responde a um inquérito aberto
enquanto estava no cargo. Ele é investigado por fraude em licitação,
tráfico de influência e caixa dois na implementação de um sistema de
prontuário eletrônico. Pesou na indicação, entretanto, o apoio de
membros do setor.
André Luiz de Almeida Mendonça (Advocacia-Geral da União)
André Luiz de Almeida Mendonça é advogado e futuro advogado-geral da União (Universidade de Salamanca/Reprodução)
Funcionário de carreira do órgão que irá comandar a partir de 2019, André Luiz de Almeida Mendonça
é atualmente assessor especial da Controladoria-Geral da União. Formado
pela Faculdade de Direito de Bauru, Mendonça foi diretor de
Departamento de Patrimônio e Probidade Administrativa da Procuradoria-Geral da União. Em 2011, ele recebeu o
prêmio especial do Innovare pela idealização dentro da AGU de um grupo
de combate à corrupção. O advogado é considerado técnico e respeitado
por seu conhecimento em acordos de leniência.
Gustavo Bebianno (Secretaria-Geral da Presidência da República)
O advogado Gustavo Bebianno que assumirá Secretaria-Geral da Presidência (Bruno Rocha /Fotoarena/Folhapress)
O advogado Gustavo Bebianno assumirá a
Secretaria-Geral da Presidência da República, e terá sob seu comando a
Secretaria de Comunicação de Comunicação (Secom) e o Programa de
Parceria e Investimento (PPI). O carioca de 54 anos foi o principal
coordenador de campanha de Bolsonaro e presidiu o PSL até a eleição do
capitão.
Ricardo Vélez Rodríguez (Educação)
Ricardo Vélez Rodriguez (Google Plus/Reprodução)
O filósofo colombiano Ricardo Vélez Rodríguez
foi escolhido como futuro ministro da Educação no dia 22 de novembro, um
dia depois de Bolsonaro desistir da indicação de Mozart Neves Ramos por
conta de pressões da bancada evangélica. Para os religiosos, Ramos
seria muito “progressista” e não encamparia propostas como o Escola sem Partido. Vélez é professor Emérito da Escola de Comando e estado Maior do Exército, se
formou em Filosofia pela Universidade Pontifícia Javeriana em 1964,
graduou-se em Teologia no Seminário Conciliar de Bogotá em 1967,
concluiu o mestrado em Filosofia pela Pontifícia Universidade Católica
do Rio de Janeiro (PUC-Rio) em 1974, e o doutorado em Filosofia pela
Universidade Gama Filho em 1982, informou Bolsonaro via Twitter.
O futuro ministro também é autor de A Grande Mentira – Lula e o patrimonialismo petista, publicado em 2015 e é o primeiro estrangeiro confirmado no novo governo.
General Carlos Alberto Cruz (Secretaria de Governo)
General Carlos Alberto dos Santos Cruz será secretário de Governo (Sylvain Liechti/Monusco/Creative Commons)
O general Carlos Alberto dos Santos Cruz, de 66
anos, é da divisão da reserva do Exército Brasileiro e chefiará a
Secretaria de Governo, que tem status de ministério e é ligada
diretamente à presidência da República. Em 2017, tornou-se Secretário de
Segurança Pública do Ministério da Justiça e ampliou a presença da
Força Nacional de Segurança no estado do Rio de Janeiro. Já
em 2018, o general virou consultor da ONU e comandou as forças da
organização no Haiti e no Congo.
Tarcísio Gomes da Costa (Infraestrutura)
Tarcísio Gomes Freitas será o ministro da Infraestrutura (Marcelo Camargo/Agência Brasil)
O engenheiro Tarcísio Gomes de Freitas é o atual secretário
de Coordenação de Projetos da Secretaria Especial do Programa de
Parcerias de Investimentos (PPI) do governo Michel Temer e consultor
legislativo da Câmara dos Deputados. Formado em Ciências Militares pela
Academia das Agulhas Negras, em Resende (RJ), e em engenharia no
Instituto Militar de Engenharia, Freitas foi diretor executivo e
diretor-geral do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes
(DNIT) durante o governo da ex-presidente Dilma Rousseff (PT), entre
2011 e 2015.
Gustavo Henrique Rigodanzo Canuto (Desenvolvimento Regional)
Gustavo Henrique Rigodanzo Canuto será o ministro do Desenvolvimento Regional (Integração Nacional/Divulgação)
Atual secretário-executivo do Ministério da Integração Nacional
no governo Temer e servidor de carreira do Ministério do Planejamento, Gustavo Henrique Rogodanzo Canuto
é formado em Engenharia de Computação pela Universidade Estadual de
Campinas (Unicamp) e em Direito pelo Centro Universitário de Brasília
(UniCEUB). Ele também já assumiu compromissos de trabalho
nas Secretarias de Aviação Civil e Geral da Presidência da República,
além da Agência Nacional de Aviação Civil, segundo seu perfil na página
do Ministério da Integração.
Osmar Terra (Cidadania)
Osmar Terra será ministro da Cidadania (Wilson Dias/Agência Brasil)
No quinto mandato na Câmara dos Deputados, Osmar Terra,
anunciado como ministro da Cidadania, é o primeiro emedebista anunciado
para o governo de Jair Bolsonaro. A pasta, que será criada, absorverá
as funções das atuais de Esportes, Cultura e Desenvolvimento Social.
Terra já foi ministro do Desenvolvimento Social e Agrário no governo de
Michel Temer e, em sua passagem pela pasta, até abril deste ano, foi
responsável por um pente-fino que reduziu o número de beneficiários do
Bolsa Família. Em sua gestão, ele também implantou o programa Criança
Feliz, de atenção à primeira infância, e o Plano Progredir, de
capacitação profissional e estímulo ao empreendedorismo. Médico com
mestrado em neurociência, o futuro ministro é filiado ao MDB desde 1968.
Além de ministro de Temer, ele foi secretário de Saúde do Rio Grande do
Sul e prefeito de Santa Rosa (RS). Nas eleições deste ano, foi reeleito
para a Câmara com 86.305 votos.
Marcelo Álvaro Antônio (Turismo)
O deputado Marcelo Álvaro Antônio (PSL-MG) será ministro do Turismo (Valter Campanato/Agência Brasil)
Deputado federal pelo PSL, Marcelo Álvaro Antônio
foi escolhido para a pasta do Turismo. Ele é o segundo membro do partido
de Jair Bolsonaro a ser anunciado para o ministério – o outro é Gustavo
Bebianno, indicado à Secretaria-Geral da Presidência. Álvaro Antônio
está na Câmara desde 2014, onde integrou as comissões de Minas e
Energia, Finanças e Tributação, Viação e Transportes, além de comissões
externas sobre o Zika vírus e a situação hídrica dos municípios de Minas
Gerais. O futuro ministro iniciou uma graduação em Engenharia Civil
pela UniBH, mas não a concluiu.
Almirante Bento Costa Lima (Minas e Energia)
O Almirante Bento Costa Lima Leite de Albuquerque Junior será ministro de Minas e Energia (Saulo Cruz/MME/Flickr)
O almirante-de-esquadra Bento Costa Lima é o primeiro
representante da Marinha no novo governo e ocupará o cargo de ministro
de Minas e Energia. Diretor-geral de desenvolvimento nuclear e
tecnológico da Marinha, ele está à frente do Programa de Desenvolvimento
de Submarinos (Prosub) e já atuou como assessor parlamentar do gabinete
do Ministro da Marinha no Congresso Nacional.
Carioca, o almirante
começou a sua carreira em 1973, na Marinha, ocupando importantes cargos
no Brasil e no exterior.
Damares Alves (Mulher, Família e Direitos Humanos)
A advogada e pastora Damares Alves chefiará o Ministério da Mulher, Família e Direitos Humanos (Valter Campanato/Agência Brasil)
A advogada e pastora Damares Alves foi indicada pelo presidente
eleito Jair Bolsonaro para chefiar o Ministério da Mulher, Família e
Direitos Humanos. Damares é assessora do senador Magno Malta (PR-ES),
que se empenhou na campanha de Bolsonaro e esperava integrar o próximo
governo. A Fundação Nacional do Índio (Funai), que cuida das políticas
públicas em relação aos indígenas, deixará o Ministério da Justiça e
ficará sob responsabilidade da nova pasta.
Ricardo Salles (Meio Ambiente)
Ricardo Salles, ex-secretário do Meio Ambiente do Estado de São Paulo (Facebook/Reprodução)
O futuro ministro do Meio Ambiente do novo governo é formado em
Direito com pós-graduação na Universidade de Coimbra e na Universidade
de Lisboa. Em 2006, Ricardo Salles fundou o Movimento Endireita Brasil
(MEB) e tentou ingressar na vida política como deputado estadual e
federal mas nunca conseguiu se eleger. No governo de Geraldo Alckmin,
ex-governador de São Paulo, o advogado foi o Secretário do Meio Ambiente
de 2016 a 2017. Salles foi denunciado pelo Ministério Público de São
Paulo por prática de improbidade administrativa e por intermediar
processos administrativos, supostamente ilícitos, na Junta Comercial de
São Paulo.
(via:Veja.com.br)
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