“Matei um inocente”, revelou o soldado do Exército Kleydson Victor de
Oliveira, de 18 anos, em uma conversa numa rede social e,
posteriormente, à Polícia Civil, após ser preso. Kleydson e um comparsa,
identificado como Marcos Paulo Coelho Vilela, 20 anos, foram presos e
confessaram participar da morte de um idoso de 70 anos, motorista de
aplicativo que estava desaparecido desde o sábado (29). Há também um
terceiro suspeito, identificado apenas como “Kauan”, que está foragido.
O motorista é Gilberto Bezerra dos Santos, que morava com a esposa e o
filho educador físico, Edson Santos. Gilberto havia saído de casa a
trabalho na tarde do dia que desapareceu. Ele realizava uma corrida em
Igapó, Zona Norte de Natal, quando foi abordado por três criminosos, que
anunciaram o assalto e seguiram com o idoso no carro. O Onix cinza em
que eles estavam foi visto pela última vez sendo usado durante assaltos
em Parnamirim e encontrado na Avenida 11, no bairro Alecrim, na capital,
no domingo (30), de acordo com os familiares de Gilberto.
De acordo com a Polícia Militar, os criminosos levaram Gilberto à cidade
de Elói de Souza, distante 61 quilômetros de Natal, porque um dos
assaltantes conhecia o município. Depois eles retornaram à capital,
largaram o veículo de Gilberto e tomaram um táxi de assalto. O condutor
em desespero avistou um viatura da PM e jogou o carro contra o da
guarnição. Foi assim que os dois criminosos foram presos e terceiro
fugiu.
Diante da falta do paradeiro de Gilberto ainda no sábado, a família do
motorista de aplicativo continuou a procurar pelo desaparecido. O filho
Edson contou suspeitar que algo estava errado com o pai a partir do
momento que o condutor demorou a retornar para casa e o telefone só dava
desligado. Com isso, realizou buscas em hospitais e delegacias, mas sem
sucesso. Na manhã desta segunda-feira (31), a Polícia Militar encontrou
um corpo que pode ser do idoso, em uma fazenda a dois quilômetros da
cidade de Elói de Souza, distante 61 quilômetros de Natal. Mas ainda não
há confirmação se o cadáver seria de Gilberto.
Em confissão à polícia, o soldado do exército relatou que a morte de
Gilberto foi como uma “queima de arquivo”, para tentar dificultar o
trabalho dos oficiais em meio às investigações. Para a Polícia Civil, o
crime se configura como um latrocínio, ou seja, roubo seguido de morte,
porque além do carro, o celular da vítima também foi roubado.
Marcos Paulo Coelho Vilela foi conduzido à Central de Flagrantes da Zona
Sul, onde esperará pela audiência de custódia. Kleydson, o soldado, foi
levado ao quartel onde serve para o Exército há alguns meses. A família
de Gilberto fará o trabalho de reconhecimento do corpo em Elói de
Souza.
Celular encontrado com suspeitos tinha mensagens trocadas entre suspeitos
(Passando na Hora)
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