sexta-feira, 1 de março de 2019

Colômbia expulsa desertora venezuelana suspeita de espionagem. Mulher é considerada um "risco" para Bogotá e ficará proibida de regressar a cidades colombianas por dez anos

REGIME MADURO
 
 Homem caminha pela ponte Simon Bolivar na fronteira da Venezuela com a Colômbia em Cúcuta, Colômbia - 24/02/2019 (Marco Bello/Reuters)

Uma policial venezuelana que tinha se feito passar por desertora e se entregou às autoridades da Colômbia foi expulsa por pretender fazer trabalhos de inteligência e representar um “risco” para o país, informaram nesta quinta-feira fontes oficiais de Bogotá.

“Temos filtros de controle para constatar que estas pessoas vêm com boas intenções, vêm fazer o bem ao nosso país, não vêm fazer espionagem, fazer atividades que possam pôr em risco nossa segurança”, afirmou a jornalistas em Cúcuta o diretor de Migração da Colômbia, Christian Krüger.

O diretor detalhou que na ponte de Tienditas, onde a Colômbia armazena toneladas de ajuda humanitária para a Venezuela, foi identificada uma mulher que “queria subtrair informação de nossos procedimentos, de tudo o que estamos fazendo aqui na Colômbia, para atender a esta população que está chegando ao nosso país”.

Krüger detalhou que a mulher receberá “a sanção migratória mais drástica” e não poderá ingressar na Colômbia por dez anos.

A Migração da Colômbia assegurou que a cidadã venezuelana será expulsa amanhã e que seu depoimento evidenciava “uma série de inconsistências”.

“Ao contrastar as declarações da mulher, de 28 anos de idade, com fontes humanas, se pôde evidenciar que seu interesse era muito diferente do que manifestava e que, pelo contrário, representava um risco para a segurança nacional e a de seus concidadãos”, acrescentou a Migração.

Segundo números dessa entidade, 567 militares venezuelanos desertaram desde o último dia 23 de fevereiro, quando uma coalizão internacional tentou ingressar sem sucesso alimentos e remédios para atenuar a crise nesse país.



(Com EFE)

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