CRISE NA VENEZUELA
O chefe do Parlamento da Venezuela, Juan Guaidó (Carlos Garcia Rawlins/Reuters)
O chefe do Parlamento da Venezuela, Juan Guaidó, reconhecido como
presidente interino do país por cerca de 50 nações, incluindo o Brasil,
disse neste domingo, 3, que se for preso nesta segunda, 4, quando
pretende retornar ao seu país, seria um dos últimos erros do governo de
Nicolás Maduro, que ele rotulou como ditatorial.
“Se o regime se atrever a me sequestrar, será um dos últimos erros,
sem dúvida, que estará cometendo”, disse Guaidó, em uma declaração
transmitida pelas redes sociais, com o objetivo de dar detalhes sobre a
excursão realizada em cinco países da América do Sul e também das
manifestações convocadas para amanhã.
O líder parlamentar afirmou que em caso de ser preso, já que
desobedeceu uma ordem judicial que o proibia de deixar o país, seus
aliados internacionais, liderados pelos Estados Unidos, têm “claras
instruções”, embora não tenha revelado os detalhes.
Guaidó afirma que com sua detenção, o chavismo estaria dando “um
golpe de Estado” e em relação a essa possibilidade, deixou “muito claro
os passos a seguir” que inclui, no curto prazo, a mobilização de
cidadãos em manifestações.
“Prevendo qualquer tentativa do regime, deixamos mensagens para o nosso povo. Este processo é imparável”, reiterou.
O líder da oposição espera que as manifestações de amanhã aconteçam
“com muita mais força” em todo o país e para isso seus seguidores
convocaram concentrações nos 23 estados da Venezuela e em Caracas, onde
existe a previsão de que ele reapareça em público.
Até agora, o principal opositor de Maduro preferiu manter em segredo
os detalhes sobre a forma de como planeja voltar para a Venezuela após
burlar a proibição de saída, no dia 22 de fevereiro, quando cruzou
caminhando a fronteira para a Colômbia.
(Por
EFE)
Nenhum comentário:
Postar um comentário