segunda-feira, 4 de março de 2019

Flávio Bolsonaro passa o Carnaval nos Estados Unidos. Flávio tem evitado se expor em público desde que relatório do COAF expôs movimentações financeiras consideradas atípicas em sua conta e na de assessores

SEM FOLIA
 
 Flávio Bolsonaro (Arquivo/Agência Brasil)

Figura carimbada na Sapucaí em anos mais tranquilos, o senador Flávio Bolsonaro (PSL-RJ) está passando o Carnaval nos Estados Unidos.

Flávio tem evitado se expor em público desde que um relatório do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (COAF) expôs movimentações financeiras consideradas atípicas em sua conta e na de assessores de seu mandato de deputado estadual no Rio de Janeiro.

Flávio foi para os EUA na sexta-feira, 1, e deve voltar para o Brasil na quarta-feira de cinzas, dia 6.

Conforme revelou VEJA em dezembro, o Coaf descobriu que Fabrício Queiroz, então assessor de Flávio, recebeu regularmente depósitos de colegas de gabinete na Alerj, muitas vezes em datas próximas dos dias de pagamento de salário. A prática indicaria a ocorrência da chamada “rachadinha”, procedimento pelo qual os servidores nomeados em cargos de confiança repassariam ao deputado a maior parte ou a totalidade de seus salários.

Ao todo, foram abertos 22 procedimentos de investigação penal sobre o relatório do Coaf, produzido no âmbito da Operação Furna da Onça, que mirou um mensalinho pago a deputados estaduais do Rio em troca de apoio ao governo de Sérgio Cabral (MDB).

Embora Flávio Bolsonaro não tenha sido alvo da ação da Polícia Federal, que prendeu dez deputados estaduais, o documento mostrou que, por treze meses, Fabrício Queiroz movimentou, em sua conta bancária, 1,2 milhão de reais, quantia considerada incompatível com sua renda. O relatório também apontou movimentações atípicas nas contas de mais de 70 assessores e ex-assessores de outros 21 parlamentares, além de Flávio.

Flávio Bolsonaro nega ter participado ou tido conhecimento de irregularidades no caso. Em entrevistas anteriores à manifestação ao MP, Queiroz também afirmou ser inocente e atribuiu a movimentação a supostas operações de compra e venda de carros usados. 


(Por Leandro Resende, do Rio de Janeiro/Veja.com.br)

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