Guido Mantega (Sergio Neves/AE/VEJA)
Os advogados do ex-ministro da Fazenda Guido Mantega enviaram ao juiz Luiz Antônio Bonat pedido para que a entrega de sua defesa seja adiada.
Esse caso investiga o pagamento de ao menos 50 milhões de reais do Grupo Odebrecht a Mantega em troca de benefícios fiscais.
De acordo com a defesa do ex-ministro, o Ministério Público não entregou todo o material apreendido nos celulares, notebooks, HDs e pen drives de Marcelo Odebrecht.
Os advogados dizem que esses e-mails embasam a tese acusatória, porém não estão disponibilizados para a análise.
“Com efeito, de um lado, se já tem o MPF acesso a um acervo probatório muito maior do que aquele apresentado na denúncia e desconhecido do acusado, poderá utilizar de outros elementos no futuro sem que a defesa tenha tido – como de rigor – prévio conhecimento (…)”, escreveram os advogados.
E prosseguem:
“(…) é necessário admitir ser bastante possível – para não dizer provável – que, nesse universo de documentos, constem provas favoráveis à defesa, capazes de contextualizar mensagens distanciadas de seu histórico ou de contrapor a versão unilateral e seletiva posta na peça acusatória”, afirmam.
(por:Ernesto Neves/Radar)
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