Governadores durante sessão inicial da reunião do Consórcio de Integração Sul e Sudeste (Cosud), em São Paulo. Foto: Governo de SP
Os governos de sete estados do Sul e Sudeste do país
assinaram documento em defesa da aprovação do projeto de Reforma da
Previdência que tramita no Congresso. O anúncio ocorreu neste sábado
(27) durante a segunda reunião de governadores do Consórcio de
Integração Sul e Sudeste (Cosud), no Palácio dos Bandeirantes, sede do
governo paulista.
Romeu Zema (Minas Gerais), Renato Casagrande (Espírito Santo), Carlos Moisés (Santa Catarina), Eduardo Leite (Rio Grande do Sul), além do vice-governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro e o vice-governador do Paraná, Darci Piana. Juntos, os estados respondem por 70% da economia do país.
Para Doria, a proposta traz uma condição fiscal melhor
para estados e municípios. “A reforma confere, sobretudo, a oportunidade
da geração de novos investimentos, que em cada estado, de acordo com
suas características, vai se traduzir em mais emprego, oportunidades e
desenvolvimento”, afirmou.
O governador do Espírito Santo, Renato Casagrande, apoia a
reforma, mas com ressalvas. “Sou favorável, mas manifesto minha
contrariedade a quatro pontos. A alteração do beneficio da prestação
continuada, a alteração da aposentadoria rural, a
desconstitucionalização de matérias da previdência, que coloca em risco
as conquistas das últimas décadas, e o modelo de capitalização”, disse.
Equilíbrio fiscal
Os governadores discutiram ainda o Programa de Equilíbrio
Fiscal (PEF) a ser aprovado no Congresso Nacional, que prevê a concessão
de empréstimos, com garantia da União, em torno de R$ 10 bilhões por
ano a estados com dificuldades financeiras, mas com baixo endividamento.
O vice-governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro,
estado que passa por crise financeira, declarou que o regime de
recuperação foi fundamental para o Rio de Janeiro. “Mas ele não pode
simplesmente ser só uma moratória, tem que vir acompanhado de um
programa sério de recuperação do estado”, disse. “Se não tiverem ações
estruturantes, um esforço enorme na contenção de gastos e novos
investimentos, ele [regime de recuperação] só vai trazer um fôlego
momentâneo e a previsão é ficar pior assim que o regime acabe”,
completou.
O governador Romeu Zema disse que Minas Gerais sofre
reflexo de falta de medidas corretivas nas finanças durante os últimos
anos. “Estamos enxugando gastos, o mato estava muito alto em Minas. E
está longe de resolver, mas o início da solução foi dada. Vai depender
de muitos outros andamentos ainda.” (ABr)
(Via: diariodopoder)
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