BRASIL, POLÍTICA
De acordo com a norma, a visita no Sistema Penitenciário Federal pode
ocorrer em pátio de visitação, em parlatório e por videoconferência O
ministro da Justiça e Segurança Pública, Sérgio Moro.
O Partido dos Trabalhadores e o Instituto Anjos da Liberdade entraram
com ação no Supremo Tribunal Federal (STF) contra portaria do ministro
da Justiça e Segurança Pública, Sérgio Moro, que tornou mais rígidas as
regras para as visitas sociais aos presos em penitenciárias federais de
segurança máxima.
O PT e o instituto querem assegurar o direito às visitas sociais, nos
pátios dos presídios, de familiares dos detentos. De acordo com a norma
editada por Moro, a visita no Sistema Penitenciário Federal pode
ocorrer em pátio de visitação, em parlatório e por videoconferência. No
entanto, quando se tratar de presídio federal de segurança máxima, as
visitas serão restritas ao parlatório (quando há uma barreira física
entre o preso e o visitante) e por videoconferência, “sendo destinadas
exclusivamente à manutenção dos laços familiares e sociais, e sob a
necessária supervisão”. Antes da edição da portaria, era comum que as
visitas ocorressem nos pátios dos presídios. A portaria diz, no entanto,
que a restrição não se aplica aos presos com perfil de réu colaborador
ou delator premiado. Neste caso, será permitido visita social nos
pátios. “DENUNCISMO”.
Para o PT e o Instituto Anjos da Liberdade, a portaria traz uma
“discriminação favorecendo os denunciantes, o denuncismo autoritário, o
uso da tortura psicológica” para forçar a colaboração premiada dos
detentos. “Os filhos de presos não podem ser sequestrados pelo Estado
para fazerem os pais colaborarem, delatarem”, sustentam a sigla e o
instituto, que alegam que o objetivo da portaria “é obter delações,
colaborações, o objetivo oculto pode ser busca do caos social, busca da
desestabilização para justificar medidas de exceção”.
Procurado pela reportagem, o Ministério da Justiça e Segurança
Pública não havia se manifestado até a publicação deste texto. O relator
da ação é o ministro Edson Fachin. Em quase meses de presidência de
Jair Bolsonaro (PSL), o Supremo Tribunal Federal (STF) foi acionado ao
menos 25 vezes para barrar medidas do Palácio do Planalto, aponta
levantamento feito pelo Estado. A “campeã” de contestações é a Medida
Provisória que reforça o caráter facultativo da contribuição sindical,
alvo de 12 ações.
(por:News Atual)
Nenhum comentário:
Postar um comentário