RELAÇÕES INTERNACIONAIS
Donald Trump: "Ele também quer que aconteça", disse o americano sobre a
vontade de Vladimir Putin de que os Estados Unidos cheguem a um acordo
com a Coreia do Norte (Alex Wong/Getty Images)
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, agradeceu nesta sexta-feira, 26, à Rússia e à China por seu apoio ao processo de desnuclearização da Coreia do Norte. Ontem, o ditador norte-coreano Kim Jong-un se reuniu com o russo Vladimir Putin.
“Eu aprecio que a Rússia e a China nos ajudem”, disse Trump aos
jornalistas na Casa Branca, acrescentando que não considera os dois
países como rivais em uma luta para influenciar a Coreia do Norte.
O republicano disse ainda que já houve muito progresso para um pacto
com Pyongyang. “Acredito que estamos indo muito bem com a Coreia do
Norte. Estamos fazendo muitos avanços”, disse.
“Apreciei a declaração de ontem do presidente Putin. Ele também quer
que aconteça. Acho que há muito entusiasmo em relação à ideia de chegar a
um acordo com a Coreia do Norte”, afirmou Donald Trump.
Em sua primeira reunião com Kim,
realizada em Vladivostok, na Rússia, Putin afirmou que o Kremlin
defende o desarmamento nuclear do regime norte-coreano, mas defendeu a
soberania de Pyongyang e criticou Washington, ao opinar que não se devem
dar ultimatos nem fazer exigências unilaterais.
“Eles só precisam de garantias de segurança. Isso é tudo”, disse o
presidente russo em entrevista coletiva depois de se reunir com Kim.
No entanto, Putin não tratou de um eventual alívio das sanções
internacionais sobre a Coreia do Norte, um ponto crucial para o regime
de Pyongyang.
Em um encontro com Kim há dois meses no Vietnã, Trump encerrou as
negociações antes uma hora antes do previsto, e sem a assinatura de
nenhum acordo. Segundo o presidente americano, a principal razão do
desentendimento entre as duas delegações foi a exigência da Coreia do
Norte de suspensão integral das sanções. Pyongyang, contudo, negou a
informação.
O presidente americano disse ainda acreditar que parte da ajuda que
vem recebendo dos chineses nas negociações está associada aos interesses
de Pequim no fim da guerra comercial com os Estados Unidos.
“A China está nos ajudando porque quer, acho que não quer armas
nucleares no seu país. Mas também acho que está nos ajudando pelo fato
de estarmos em (negociação de) um acordo comercial que, com certeza, vai
indo muito bem”, ressaltou o presidente americano.
Ontem, Trump disse que “em breve” receberá nos Estados Unidos o
presidente da China, Xi Jinping. Analistas interpretaram o anúncio como
um sinal de progresso nas negociações entre as nações.
Desde dezembro do ano passado, EUA e China trabalham para tentar
acabar com a guerra comercial que começou em 2018, como resultado da
agenda protecionista de Trump, que criticou duramente as políticas
comerciais do gigante asiático.
O presidente americano recebe hoje na Casa Branca o primeiro-ministro
do Japão, Shinzo Abe, com o qual também planeja conversar sobre as
negociações com a Coreia do Norte.
Tanto o presidente dos Estados Unidos como Kim se mostraram abertos à
realização de uma terceira reunião, mas até agora não se sabe de algum
contato entre suas equipes de trabalho após o fiasco no Vietnã.
(Com AFP, EFE e Reuters)
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