No RN, moradores de muitos municípios precisam recorrer aos chafarizes para ter o que beber — Foto: Anderson Barbosa/G1
Foi publicado na edição desta sexta-feira (26) do Diário Oficial da
União um decreto, assinado pelo Ministério do Desenvolvimento
Regional/Secretaria Nacional de Proteção e Defesa Civil, que reconhece a
situação de emergência por causa dos efeitos da seca em 144 municípios
do Rio Grande do Norte (veja AQUI a lista completa). O total representa 86% dos municípios do estado.
Apesar da situação de normalidade pluviométrica que ocorreu na metade
das cidades ao longo de 2018, um dos efeitos levados em consideração
pelo governo do estado para a renovação do decreto foram as perdas
financeiras que o Rio Grande do Norte acumulou. Na lavoura e pecuária,
por exemplo, os prejuízos somaram R$ 2,5 bilhões no ano passado.
Seca histórica
Os últimos sete anos foram castigantes no interior do Rio Grande do
Norte. Com chuvas abaixo da média histórica, o estado enfrenta a seca
mais severa de todos os tempos. As chuvas que caem desde o início do ano
até que aliviam o sofrimento do sertanejo, mas os efeitos da estiagem
ainda são preocupantes.
De acordo com a Companhia de Águas e Esgotos do Rio Grande do Norte
(Caern), atualmente cinco cidades (João Dias, Paraná, Pilões, São Miguel
e Cruzeta) estão em colapso no bastecimento – que é quando a cobrança
da conta é suspensa por não haver fornecimento – e outras 92 possuem
algum sistema de rodízio.
(Por Anderson Barbosa, G1 RN)
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