Complexo Frasqueirão está encravado num terreno onde o metro quadrado vale perto de R$ 2 mil
Atolado em dívidas e enfrentando um período de contensão de despesas, o
ABC busca mais uma vez fazer negócio com parte da área de 9 hectares que
o clube possui na Rota do Sol. A intenção visa quitar algumas
obrigações e tornar a administração do clube menos onerosa na próxima
temporada. Segundo o presidente do conselho deliberativo alvinegro,
Cláudio Emerenciano, a liberação será apreciada na próxima reunião do
colegiado, marcada para o dia 14 de outubro.
De acordo com o assessor da presidência abecedista, Paulo Tarcísio, a questão vem sendo avaliada por uma comissão, porém a diretoria não deseja propriamente vender a área, mas sim realizar uma permuta com alguma empresa interessada em se implantar num dos endereços mais nobres da cidade.
“Nós temos projetos para expandir os bens do ABC e estamos cientes da valorização da área que ocupamos atualmente. Há quem diga no mercado imobiliário, que o clube está pisando em ouro. Isso por que em preços normais, com o mercado imobiliário operando dentro das condições normais, o metro quadrado daquele terreno ali está custando algo em torno de R$ 2 mil”, afirmou Paulo Tarcísio.
O presidente Fernando Suassuna, desde que aceitou lançar o nome para chapa majoritária que assumiu os destinos do clube, vem enfatizando a necessidade de buscar negócios para otimizar a área que o ABC possui disponível e que hoje só gera impostos. Apenas com o IPTU, a dívida do clube chega atualmente a R$ 1,5 milhão.
“Estamos ainda em fase de avaliação e busca de parceiros. Sabemos que temos algumas áreas consideradas muito valiosas e queremos com essa iniciativa transformar, um hectare na Rota do Sol, numa área de 10 hectares nas redondezas de Natal. Os terrenos que possuímos com a frente para via que liga para as praias do litoral sul do estado são muito valiosos”, frisou o engenheiro e conselheiro abecedista Paulo Tarcísio.
O assessor da presidência alvinegra, cita como exemplo dois clubes paulistas (Palmeiras e São Paulo), que apesar de terem estádios encravados em regiões consideradas nobres da capital paulista, transferiram os seus centros de treinamento para Cotia, que fica a 50Km de São Paulo.
A permuta que envolveria também uma parte em dinheiro, seria visando a construção do novo CT do clube, com a parte financeira servindo para quitar alguns dos débitos abecedistas no mercado.
“Temos várias opções de negócios para analisar e se soubermos fazer, teremos a oportunidade de sanar os nossos problemas e ainda aumentar mais o patrimônio do ABC. Não passa pela cabeça de ninguém trocar área por dívidas apenas”, reforça Paulo Tarcísio.
Cláudio Emerenciano também já deixou claro que a área que deve ser liberada para negócio não evolverá a parte do CT das bases, como andou sendo ventilada a hipótese no início da administração de Fernando Suassuna.
Com
relação a formação do elenco para 2020, após a confirmação de Francisco
Diá como novo treinador do clube, a primeira reunião de trabalho deverá
ocorrer na próxima semana, segundo Fred Menezes, cotado para assumir a
diretoria de futebol do clube.
Número
1,5 milhão Valor devido pelo ABC de IPTU cobrado pela Prefeitura do Natal e que é um dos motivos para o processo de permuta.(Por:TN)
Nenhum comentário:
Postar um comentário