Presidente Jair Bolsonaro - José Dias/PR
Rio - Em pronunciamento oficial feito na tarde desta
sexta-feira, o presidente da República, Jair Bolsonaro, comentou a saída
de Sergio Moro do Ministério de Justiça e Segurança Pública - ocorrida
após a decisão do presidente de exonerar o diretor-geral da Polícia
Federal, Maurício Valeixo.
Em seu discurso, Bolsonaro voltou a afirmar que
Maurício Valeixo quis deixar seu cargo, e disse que sua exoneração já
estava acordada com Moro - mas apenas em novembro, depois que o
indicasse para uma vaga no Supremo Tribunal Federal (STF).
O presidente também afirmou que "nunca pediu para
blindar ninguém da família" e comparou a facada sofrida durante sua
campanha presidencial com o assassinato da vereadora Marielle Franco,
criticando a investigação da Polícia Federal nos casos: "A PF se
preocupou mais com a Marielle do que com o seu chefe supremo", afirmou.
Durante o pronunciamento, Bolsonaro reforçou sua
posição de vítima, relembrando, em diversos momentos, a facada sofrida
em Juiz de Fora. "Eu estou lutando contra um sistema. Contra o
establishment", disse.
Bolsonaro começou o discurso relembrando a trajetória
da relação entre os dois - chegando até a comentar que foi rejeitado
por Moro na primeira tentativa de aproximação entre os dois, quando
ainda era deputado federal. Ele disse, no entanto, que "não tem mágoas
do Sr. Sergio Moro".
Em seguida, Bolsonaro fez questão de ressaltar que o
ex-juiz não participou de sua campanha, e que deu autonomia - mas não
"soberania" - quando o convidou para assumir o cargo de ministro,
acordando seu poder de veto na nomeação de cargos-chave. "No dia que eu
tiver que me submeter a algum subordinado meu, eu deixo de ser
presidente da República".
"Meu compromisso é com o Brasil e com a democracia", concluiu o presidente.
(Por
O Dia)
Nenhum comentário:
Postar um comentário